De Daniela Leone e Bruno Queiroz, para o Correio 24 Horas:
“O atacante Rhayner estava na casa da mãe, no Espírito Santo, quando foi informado pelo CORREIO por telefone, ontem, sobre sua rescisão de contrato como Bahia. O jogador ficou surpreso. “Não estou sabendo da rescisão. Eu não cheguei a assinar nada”, garantiu. Quando informado que a rescisão havia sido publicada no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF na última sexta-feira, disparou: “Então falsificaram a minha assinatura”.
Não foi isso que aconteceu, de acordo com o clube. “Nós não tivemos mais contato com Rhayner desde que ele saiu do clube. Marcamos uma reunião para dois dias depois, para tentar iniciar o processo de rescisão amigável, e ele não apareceu. Aí preparamos toda a documentação para iniciar o processo de rescisão por justa causa”, explica o gerente jurídico do Bahia, Vitor Ferraz. “Ele realmente não assinou, mas não precisa da assinatura dele. Tivemos a assinatura de duas testemunhas. Comunicamos à Tombense (equipe que emprestou Rhayner ao Bahia) e à Federação Bahiana de Futebol (FBF) e enviamos a documentação (para a CBF, através da FBF)”.
Rhayner foi afastado do elenco tricolor em setembro, quando se desentendeu com o então diretor de futebol Rodrigo Pastana – demitido na noite de segunda-feira. Insatisfeito por não ter autorização para participar de um treino realizado em Pituaçu, o atacante teria tentado agredir o dirigente com um pedaço de madeira.
Rhayner não se conteve ao saber da demissão de Pastana. “Talvez assim o Bahia se salve”, alfinetou. “Mas prefiro não falar sobre isso. Eu estou instruído a não dar entrevista”, ponderou. A instrução foi dada por seu empresário, Eduardo Uram, que também foi surpreendido com a notícia de que a rescisão do contrato havia sido publicada na CBF. “Saiu no BID a rescisão dele? Então vou entregar o caso para os meus advogados”, disse. A tendência é que o caso pare na Justiça do Trabalho – que julgaria se a situação ocorrida como jogador configura justa causa ou não.”
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