Didi, Preto e Emerson foram alguns dos poupados

Poucos jogadores escaparam dos protestos de cerca de 30 torcedores, que fizeram uma rifa para arrecadar os R$ 150 necessários para o aluguel do ônibus que os transportou até a portaria do Fazendão.

Valia qualquer sacrifício para protestar. Depois de pagarem R$ 1,50 pelo bilhete da rifa, os torcedores desceram do ônibus cantando o hino do clube e gritando palavras de ordem contra a maioria dos atletas. Portavam duas faixas, onde diziam que os jogadores não tinham brios e criticavam a diretoria.

Eles fazem parte da nova torcida Terror Tricolor, uma dissidência da Povão. Seguindo as orientações de Carlos Ronei, a torcida não podia bater nos veículos, nem agredir fisicamente os jogadores.

Dos poupados, o goleiro Emerson chegou antes dos torcedores, para resolver um problema na administração, mas foi aplaudido no trajeto para o Fazendão, ao ser reconhecido.

Didi chegou acompanhado da esposa e do filho e foi recebido com os gritos de “ô, ô, ô, ô, Didi é matador”. O meio-campista Preto, festejado pelos torcedores, acenou, mas o zagueiro Valdomiro, último a entrar, ficou assustado.

O torcedor Williams de Jesus, conhecido como Cebolinha do Pelourinho, era um dos mais revoltados, justamente com Danilo e Nonato. Segundo ele, estes atletas não respeitam os sentimentos dos torcedores, “pois na vitória e na derrota estão sempre na noite de Salvador, comemorando”, disse.

Mesmo poupando Edinho Nazareth dos maiores protestos, os torcedores criticaram a demissão de Lula Pereira e dos jogadores Jean Carlos, Possato, Guto e Lino. Para o grupo, o técnico Lula Pereira tem que voltar para comandar o Bahia no próximo ano. “Nós não entendemos essas demissões, principalmente a de Lula, que a torcida gosta muito”, disse Welton Reis.

A Tarde (Adaptado)

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