Se o torcedor imagina que o desastre moral da queda para a segunda divisão foi o maior problema do Tricolor em 2003 está enganado. Com os salários atrasados para jogadores e funcionários, o clube trocou a calculadora simples do rebaixamento por uma financeira.
Além de uma dívida interna de R$9 milhões com o Banco Opportunity, especula-se que o Tricolor possua um ônus no mercado superior a R$10 milhões, entre salários e premiações atrasadas de atletas e funcionários, além do Refis (programa de refinanciamento de dívidas de impostos e encargos públicos atrasados).
Os funcionários não recebem integralmente há mais de quatro meses. Já os atletas têm dois meses de salários sem serem pagos, além de quatro meses de direitos de imagem.
Marcelo Guimarães declarou que o custo mensal do Bahia, contabilizando toda sua estrutura (manutenção do Fazendão, esportes amadores, sede de praia, administração etc), é de R$1,2 milhão. Em 2003, o time teve por nove meses a receita de televisão de R$680 mil, além de apenas três meses de patrocínio na parte frontal da camisa, o que gerou para o clube R$150 mil.
As receitas de bilheteria no estádio foram mínimas, devido ao insucesso da equipe e à incompetência da diretoria no valor dos ingressos, com variações de até 200% em menos de quatro meses. Outras arrecadações, também mínimas, ficaram por conta da venda de placas de publicidade na Fonte Nova e no Fazendão, além da cessão de imagem ao grupo iBest.
Fora a grana vinda da televisão no Brasileiro e na Copa do Brasil, o único “grande” volume financeiro movimentado pelo Bahia em 2003 veio do empréstimo do lateral Daniel ao Sevilla, da Espanha, por US$500 mil (R$1,5 milhão).
“E agora?” – Como ver um bom futuro do Bahia pela frente se o clube certamente terá uma redução de receitas alta devido ao seu rebaixamento?
Correio da Bahia (Adaptado)
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