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Documento traz novos detalhes da gestão destituída

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Historico
Publicada em 27 de fevereiro de 2014 às 08:14 por Da Redação

A empresa contratada pela nova diretoria para fazer o diagnóstico financeiro do clube teve mais uma etapa de seu trabalho revelado na noite dessa quarta. O documento datado de 20 de janeiro deste ano revela dados do período de 01 a 09 de julho de 2013, os últimos dias da gestão Guimarães no Tricolor.

 foto: site oficial do Bahia

Como era de se esperar, o relatório apresenta uma série de irregularidades que deixam evidentes a forma como o maior clube do Nordeste era administrado até então. Pagamentos de serviços não executados, recibos sem as devidas assinaturas e outros descalabros foram revelados ao se analisar papéis de apenas nove dias de gestão MGF.

AUDITORIA NÃO APRESENTA RESULTADOS

Marcelo Filho contratou a Dicon Contabilidade S/C para realizar a auditoria no clube em janeiro de 2012. Em junho último a empresa emitiu nota fiscal no valor de R$300mil referentes ao trabalho realizado entre janeiro de 2012 e maio de 2013. Desse total, R$108.990,00 foram pagos até o dia 20 de julho de 2013.

O primeiro fato estranho revelado pelo relatório é o pagamento do ISS pelo Bahia quando a praxe é a prestadora do serviço fazer o recolhimento do tributo. Pior que isso é a inexistência de qualquer documento produzido pela Dicon apresentando os resultados de seu trabalho. Para complicar a situação dos ex-dirigentes, nenhum dos entrevistados pela auditoria no setor contábil do clube disse ter conhecimento de qualquer serviço prestado pela empresa ao Bahia.

TERRAPLENAGEM NUNCA FEITA E CONSULTORIAS INEXPLICADAS

Segundo os registros, em julho de 2012, o Bahia contratou a empresa Rogério Novaes Santiago ME para realizar os serviços de terraplenagem e drenagem mas, sem dizer onde as obras seriam executadas. Uma coisa é certa: os serviços não foram prestados no Fazendão. Quem garante isso é o gerente operacional do Centro de Treinamento Tricolor, Claus Dieter. Além da negativa do gerente, a auditoria também não conseguiu evidências que atestem o cumprimento do contrato.

Apesar do exposto, o Bahia não deixou de cumprir sua parte no acordo e, entre junho e julho de 2013, pagou um total de R$100mil à contratada. Mas a relação do clube com a “Rogério ME” não se resume às obras não-realizadas. Além deste contrato, há diversas outras notas fiscais referentes a “diversas consultorias” que custaram mais de R$437.300 entre novembro de 2012 e junho do ano passado. Desse valor, faltam R$202mil a serem pagos.

Vale destacar que, assim como divulgado anteriormente nos jornais de Salvador, nem a Dicon S/C nem a Rogério Novaes Santiago ME foram encontradas nos endereços que constam em seus cadastros junto à Receita Federal.

NOTAS IRREGULARES, RECIBOS SEM ASSINATURA, PAGAMENTOS SEM RECIBO…

Ainda sobre a “Rogério ME”, a auditoria revelou que as notas fiscais apresentadas estavam em desacordo com a legislação do Município do Salvador. Elas foram preenchidas à mão quando, desde 2010, deveriam ser emitidas por meio eletrônico.

Outros R$17.830 foram pagos sem que a auditoria obtivesse os documentos comprobatórios. Só o ex-presidente do Conselho e ex-empregado do clube, Ruy Accioly, recebeu pouco mais de R$7mil, a título de adiantamento salarial.

Mas dentre essas saídas de recursos sem a documentação devida, a que envolve mais dinheiro refere-se às comissões pagas aos empresários responsáveis pelas vindas do atacante Potita e do lateral Ângulo, além do parcelamento do acordo firmado com Newton Motta. Somados os três valores, o Bahia desembolsou mais de R$123mil entre 01e 07 de julho de 2013.

Ainda sobre Motta, a auditoria revelou o custo de sua saída para o clube: R$775.124,00 aproximadamente. A despeito de não ter formalizado o acordo, há o registro de outro pagamento, também de R$40mil, feito em dezembro último.

Quem quiser mais detalhes do trabalho feito pela Performance Auditoria nas contas do tricolor basta clicar aqui.

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