Domingo de Páscoa. Dia do maior clássico do N/NE

Com a progressiva decadência de clubes como Galícia e Ypiranga, o futebol baiano passou a exigir o surgimento de uma terceira força. Bahia e Vitória-BA dominam a galeria de campeões estaduais desde 1970.

Mas não tem jeito. Sempre que os dois estão frente à frente numa final, a luta pela taça ganha outro charme. Ao invés de um sentimento de repetição, o clássico se renova à cada decisão, como a que começa hoje, às 17 horas, na Fonte Nova. Exatamente num domingo de Páscoa, símbolo maior da renovação.

É verdade que em outros tempos a movimentação na cidade era diferente. Algumas décadas atrás, em situações semelhantes, torcedores colocavam em suas janelas bandeiras com as cores das equipes, desfilavam pelas ruas e praias de Salvador com suas respectivas camisas e botavam seus hinos para tocar no mais alto volume.

A exposição pública desse sentimento é menos explícita nos dias de hoje. Mas tricolores e rubro-negros conservam o espírito de rivalidade, que se exacerba nas decisões de título. Quem duvidar pode hoje conferir de perto no Octávio Mangabeira, palco de tantas finais.

Não por acaso, o BA-Vi é apontado como o principal clássico do Norte/Nordeste. E além da disputa acirrada e das jogadas e gols que ficam gravados na memória, a cordialidade entre as torcidas rivais é uma característica quase única neste tipo de confronto. Embora algumas facções organizadas tentem melar esse clima, prevalece mesmo o respeito. Sem deixar de lado, claro, as gozações.

E hoje é dia de tira-teima. No primeiro clássico, deu Bahia, gol de Paulinho. No segundo, o time de Canabrava venceu com tentos de Gilmar e Obina.

A Tarde (Adaptado)

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