De Daniel Dórea, no jornal A Tarde desta terça-feira:
“Dia 3 de abril é a data limite para inscrições de atletas para a fase final do Baiano. O Esquadrão de Aço, representado principalmente pelo esforçado técnico Paulo Comelli já que o diretor de futebol do clube, Ruy Accioly, tirou licença de dez dias e foi com a família para a Europa , busca com urgência reforços pelo País.
O primeiro contratado da nova safra e 11º do ano vem do Rio Grande do Sul, mais precisamente da cidade interiorana de Novo Hamburgo. Trata-se do tão aguardado meia direita, que Comelli pede desde o início da competição e chega hoje à tarde. Segundo o treinador, o jogador tem boas referências, mas, pelas suas palavras, percebe-se que está longe do que ele desejava.
Tenho um amigo no Rio Grande do Sul que fez uma lista de jogadores de acordo com o que precisávamos. Fechamos em dois meias, mas um está em um time que avançou à segunda fase do Estadual. O outro é o Cléverson, disse ele.
Nascido na gaúcha Cachoeiro do Sul, Cléverson Rosário dos Santos tem 24 anos e começou a carreira no São José, time da sua cidade natal. Em 2005, chegou ao Novo Hamburgo, onde se destacou e conseguiu transferência para o Atlético Paranaense.
Contusões o atrapalharam nos quase dois anos em que defendeu o Furacão, mas, mesmo assim, conseguiu contrato com outro grande clube: o Fortaleza. Mais uma vez não foi bem e acabou dispensado. De volta a Novo Hamburgo neste ano, o meia fez cinco gols e é o artilheiro do time no Gauchão. Porém, sua equipe não se classificou, o que foi decisivo para sua vinda.
O técnico tricolor nunca trabalhou com Cléverson e só o viu atuar pela televisão. Diante das escassas informações, a reportagem de ATEC foi buscar na imprensa de Novo Hamburgo as características do atleta.
O editor de esportes do Jornal NH, José Roberto Diehl, não poupou elogios. É um rapaz que jogou bem por aqui. Tem uma qualidade técnica bem destacada. É aquele tipo de jogador abusadinho, que dribla fácil e vai pra cima. Ele tem uma deficiência no chute, mas melhorou, afinal, é o artilheiro da equipe, analisou.
Mas Diehl não deu só boas referências. Ele atentou para duas lesões no tornozelo que vêm incomodando Cléverson e para a justificativa do meia para sua passagem apagada pelo Fortaleza: Ele morava na beira-mar, no Mucuripe, e não gostou de lá. Disse que era muito quente. Na Bahia, frio ele não vai encontrar.
ESPECULAÇÕES Bastante aberto para conversas, Comelli falou sobre nomes que podem aparecer no tricolor para a disputa da Série B, mas dificilmente para o Baiano.
Um dos especulados é o meia Ricardinho, que está no Paulista. Já passou pelo Palmeiras, ganha R$ 35 mil, conformou-se o técnico. A pergunta foi inevitável: Isso é muito para o Bahia?. Comelli não agüentou, caiu na gargalhada e disse que o maior salário do time é de R$ 20 mil.
Outro meia que tem se destacado no Paulistão é Xuxa, do Mirassol, mas com esse o técnico já trabalhou e é cético: Não é tudo isso que vocês pensam.
No Ituano, os bolas da vez são o meia Vinicius e o atacante Alex Afonso, que pertencem ao Palmeiras. O segundo vai para o futebol norte-americano, mas o primeiro pode pintar no Fazendão até no quadrangular final.
Dar nomes é fácil. Eu conheço todo mundo daquele futebol paulista. O difícil é trazer alguém agora. Para a Série B, teremos mais opções.
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