O grupo Revolução Tricolor, que recentemente foi recebido pelo presidente Marcelo Filho, mas não teve suas sugestões de mudança no estatuto acatadas, voltou a se manifestar publicamente. Desta vez, cobrou ao Conselho Deliberativo do Clube uma posição sobre a estapafúrdia proposta de reforma do estatuto do clube apresentada pela atual diretoria. Abaixo, a íntegra do texto, com os quais as ideias a equipe do ecbahia.com concorda plenamente. Conselheiros, leiam e ajam!
“Aos Ilmos. Conselheiros (as) do Esporte Clube Bahia.
A Revolução Tricolor é um grupo de sócios do Esporte Clube Bahia que lutam, através das vias legais, por mudanças mais profundas, como a democratização, a transparência e a efetiva participação dos sócios nas decisões mais importantes da vida do clube.
Entendemos que a atuação pública correta tem como exigência a presença constante da autoridade responsável, democracia, participação dos interessados, transparência, existência de leis e regimentos atualizados.
O torcedor do Bahia se sente órfão, em meio à turbulência dos desmandos e da incompetência. É duro ver seu time amado sobre as rédeas dos mesmos grupos, que há décadas comandam o clube, se fechando para os bem intencionados, se isolando numa ilha de ganância e tomando para si o patrimônio do Estado.
O Bahia não é apenas um clube de futebol, é um bem cultural, social e imaterial, que pela sua dimensão e importância tem a amplitude de um verdadeiro bem público, um ente representativo da alegria e cultura de um povo, mas que não tem hoje nenhuma das características de uma atuação pública correta e que por isso caminha a passos largos para a destruição e o ostracismo.
A abertura do clube com a associação em massa, a democratização, o uso da transparência, a manutenção do compromisso com as mudanças e o planejamento é que construirá o único caminho para levar o Bahia de volta ao crescimento e à alegria. Certamente essa é a única maneira para vencer este momento trágico que vivemos. O Bahia não pode restringir seu horizonte à medíocre luta para não cair para a série C. É muito pouco para a sua história.
A diretoria atual apresentou uma proposta de alteração do estatuto, que tenta enganar a massa tricolor com promessas de uma falsa democracia, que na verdade é uma maneira de se perpetuar no poder. Destacamos 3 pontos principais:
1 – Eleições Presidenciais com filtros: o Conselho Deliberativo indicaria apenas dois nomes de Conselheiros eleitos com pelo menos 03 (três) anos de mandato, para a apreciação dos sócios, na pratica não existirá eleições direta no clube.
2 – Renovação de apenas 1/3 do Conselho Deliberativo a cada três anos: com essa proposta, altera a duração do mandato do Conselheiro de três anos para nove anos. Teoricamente a renovação total do conselho só acontecerá no ano de 2020, isso tudo sem critérios claramente definidos para a escolha dos Conselheiros que ficam ou dos que saem.
3 – O direito a uma cadeira de membro nato do conselho do clube para os ex-presidentes do conselho deliberativo: Não podemos alterar um artigo, apenas beneficiar uma pessoa
Está na hora dos Conselheiros do Esporte Clube Bahia mostrar sua força, exigindo mudanças. Queremos que atuem com firmeza, com a presença constante na condução do destino do clube, não sendo omissos ou subutilizando o poder e a responsabilidade que o Estatuto do clube lhes confere. É isso que se espera de um conselho atuante.”
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