O goleiro Renê foi até o Rio de Janeiro para acompanhar aquele que, segundo o próprio jogador, seria o dia mais importante de sua vida. Então suspenso por um ano após ser flagrado em exame antidoping, ele acompanhou de perto o julgamento do recurso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na tarde desta quinta-feira, dia 2 de dezembro. E o desfecho permaneceu o mesmo. O Pleno decidiu, por maioria de votos, manter a suspensão de um ano ao jogador, que só poderá voltar a jogar em setembro de 2011.
O processo do jogador foi somente o penúltimo a ser julgado nesta tarde de quinta-feira, o que deixou o jogador mais ansioso. Após o relator Alexandre Quadros fazer a leitura do relatório, e já em seguida proferiu o seu voto, o que levou Renê ao choro. O auditor negou provimento ao recurso do jogador e aceitou o recurso da Procuradoria, que pedia a suspensão máxima de dois anos para o goleiro.
Em seguida foi a vez do advogado do clube, Paulo Rubens, sustentar o recurso pela redução ou até absolvição de Renê. Primeiramente ele ressaltou que o jogador tem 30 anos e de boa conduta, tendo tomado uma medicação dada pela própria esposa.
“A substância só prejudica o atleta e isso ficou provado no depoimento do médico do Bahia, em primeira instância. Ela causa fadiga”, disse o advogado, que lembrou que o jogador, ao receber a notícia de que foi flagrado no doping, ficou muito surpreso e imediatamente ligou para sua esposa, justamente para saber qual a substância tinha no remédio que tomava constantemente para dor de cabeça.
“No momento em que estava de cabeça quente, ele falou para sua esposa que ela acabou com a carreira dele”, afirmou Paulo Rubens na tribuna do STJD. Em seguida, ao encerrar sua sustentação, pediu a redução da pena de um ano para dois meses.
Depois do voto do relator e da sustentação da defesa do atleta, os demais auditores iniciaram os seus votos. O segundo do caso foi do auditor José Mauro Couto, que disse entender a situação vivida por Renê, e assim votou pela sua absolvição, dando esperanças ao jogador.
O auditor Francisco Mussnich foi o terceiro a votar, e abriu mais uma divergência. Ele entendeu que a punição de um ano de suspensão, tomada em primeira instância, deveria ser mantida. Em seguida, Alberto Puga disse, antes de proferir o seu voto, que todo jogador é responsável por aquilo que ingere, e assim votou por manter o gancho de um ano. No quinto voto, o auditor Flávio Zveiter entendeu que Renê deveria pegar dois anos de suspensão e empatou a votação.
O presidente em exercício do STJD, Virgílio Val, anunciou o seu voto, e aquele que desempataria a questão. Assim, o auditor votou pela manutenção da suspensão de um ano ao goleiro Renê.
Entenda o caso:
O arqueiro do Tricolor de Aço foi denunciado depois de realizar um exame de urina após o confronto com a Portuguesa, no dia 28 de agosto, onde foi detectada a substância Furosemida e por isso teve que responder por presença de substância proibida artigo 2.1 do Código Mundial Antidopagem. Durante o julgamento em primeira instância, na sessão do dia 19 de outubro, René disse que fez uso do remédio Lasix indicado por sua esposa para tratar uma dor de cabeça.
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