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Em papo com jornal, Benazzi tenta explicar reação

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Historico
Publicada em 7 de março de 2011 às 17:13 por Da Redação

Desde que Vágner Benazzi assumiu o Esquadrão de Aço, foram quatro triunfos em quatro jogos. O primeiro, sobre o rival Vitória. Os outros três, contra times menores, foram por goleada.

Mas, mesmo com o retrospecto favorável, o novo treinador acha que a equipe ainda precisa evoluir e manda um recado: “Não podemos achar que está tudo bom. É preciso ter os pés no chão.” Leia entrevista ao repórter Ricardo Palmeira na edição desta segunda do jornal A Tarde:

Desde que você chegou, o Bahia está com 100% de aproveitamento. O que mudou?
Quando cheguei, me reuni com todos os jogadores. Os fiz entender que era preciso se doar ao máximo para obter bons resultados. Com a conversa, consegui extrair o máximo de cada jogador, fazê-los jogar com afinco. Antes de chegar ao Bahia, eu já acompanhava o Campeonato Baiano e sabia que aqui não se pratica um jogo violento. Aqui, os times jogam na bola. Então, mostrei aos atletas que não há o que temer. O que é preciso fazer para dar certo aqui é jogar futebol e dar o máximo de si. E isso inclui também saber jogar sem a bola. A atitude do time mudou neste aspecto. Estamos atuando melhor na marcação e no preenchimento dos espaços do campo.

Esse era o seu diagnóstico do time? Havia uma necessidade maior de conversa e ação?
Olha, isso eu não sei. O que eu sei é que cheguei com um discurso e os jogadores abraçaram a ideia. Não posso responder pelo que acontecia antes. Aí é preciso perguntar a quem estava aqui. Posso dizer que houve uma melhora e vejo hoje um time capaz e aplicado em campo.

Você está satisfeito com o rendimento do Bahia?
Apesar da evolução, temos que ter os pés no chão. Não podemos achar que tudo está bom. As vitórias recentes não podem nos iludir. Se quisermos avançar para a segunda fase do Campeonato Baiano, temos que continuar evoluindo, pois teremos que ganhar os dois jogos que teremos pela frente, que serão difíceis. Os times do interior se doam ao máximo quando enfrentam Bahia ou Vitória. Eles sonham com uma oportunidade em um clube grande e sabem que essa é uma rara chance que têm de mostrar seu valor para alcançar esse objetivo. Temos que ter cuidado.

Você parece bem focado no Baianão, campeonato que o Bahia não conquista desde 2001. Chegou a hora de quebrar esse incômodo tabu?
Quando cheguei, assumi o time em uma situação muito difícil e o plantel sabe disso. Encontrei uma equipe sem crédito com o torcedor. Sei da enorme responsabilidade que é treinar uma equipe da grandeza do Bahia, mas é preciso ter calma. Não gosto de prometer nada. O que posso garantir é muito trabalho para fazermos um time forte. Não posso prometer título, mas dá para falar em um Bahia mais de alegria do que de tristeza neste ano.

O Bahia está em condições de fazer uma boa campanha na Série A?
Precisamos ter consciência que o Campeonato Brasileiro é o mais difícil do mundo. Não tenho dúvida disso. Serão 20 grandes equipes disputando o título. Em um dia você enfrenta o Flamengo, no outro pensa que vem um time fraco, mas não. Vem um Grêmio ou um São Paulo pela frente. Não vai haver jogo fácil.

Ou seja, é sinal de que o elenco ainda precisa ser muito reforçado, certo?
Isso eu preciso ver. Ainda estou analisando nosso plantel. Para nosso atletas fazerem um bom Campeonato Brasileiro, precisam primeiramente mostrar um grande rendimento no Baiano. Estamos conversando diariamente com a diretoria para projetar um Bahia forte e confiável no Brasileiro. Todos querem isso e pode ter certeza de que trabalho não vai faltar. Faremos tudo o que for necessário, inclusive quanto a aquisição de reforços. Os jogadores do Bahia têm que entender que jogam em um time grande de Série A, que é um campeonato valorizado no mundo inteiro. Ninguém quer saber de Série B ou C. Para jogar no Bahia é preciso mostrar qualidade e se impor como time grande.

É a primeira vez que você treina um time baiano. Como está sendo essa experiência?
Eu sempre vim para a Bahia jogar contra os clubes daqui. Sei que a torcida baiana é muita calorosa e apaixonada. Era quase impossível ganhar uma partida em Salvador. Agora que eu vim trabalhar aqui, tenho que usar a força da torcida a nosso favor. Estou mostrando para os nossos jogadores que, para conquistar essa torcida e ficar no clube, eles têm que mostrar muito talento e disposição. O Bahia é um clube grande como qualquer outro de Série A do Brasileirão.

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