Recém criada e já com trabalhos sociais importantes. No último sábado, dia 11, a Embaixada Bahêa de Ilhéus demostrou que além da torcida e do amor pelo Esquadrão, tem também muita compaixão e solidariedade em prol dos mais necessitados.
O texto abaixo, escrito pelo tricolor Perimar Moura, conta um pouco da origem do grupo, assim como a construção da ideia e a concretização de um dia memorável.
“Começamos a pensar sobre o que mais poderíamos fazer, onde mais poderíamos atuar, o que mais essa Embaixada pode representar e que bandeiras queremos defender. Ser tricolor na Bahia é também se preocupar com nosso povo, com nossa gente, com nossa cultura e nossa identidade.”
Leia a emocionante história da Nação de Ilhéus:
“Todo bom baiano tem sangue nobre, portanto azul, mas formado também por glóbulos brancos e vermelhos. Desse sangue nasceu uma paixão. Dessa paixão nasceu uma identidade. Dessa identidade o reconhecimento no outro, daí veio a amizade e dessa união nasceu a Embaixada Bahêa de Ilhéus.
Grupo de amigos, torcedores do Esquadrão de Aço, nascidos em diversos lugares mas moradores da cidade de Ilhéus, essa galera se reúne pra vibrar junto a cada jogo desde o início do Campeonato Baiano e Copa do Brasil deste ano de 2015.
Com o número de integrantes crescendo, fomos pensando mais e mais alto. Fizemos logomarca, faixa, painéis, adesivos e camisas personalizadas.
Passamos a ter reuniões, programar eventos, começamos a nos encontrar fora de jogo. Como toda mente tricolor de aço, a nossa fervilha de ideias, de vontade de realizações, de mudanças para melhor, de vencer, de… de algo mais que faltava e esse vazio nos incomodava.
Inquietos e proativos, começamos a pensar sobre o que mais poderíamos fazer, onde mais poderíamos atuar, o que mais essa Embaixada pode representar e que bandeiras queremos defender (além da do BAHÊA, claro).
Nesse contexto, com mentes aguçadas e uma vontade pungente, nasceu a ideia do Projeto Tricolor Cidadão, que consiste em promover ações sociais pela cidade. Sim, porque ser tricolor na Bahia é também se preocupar com nosso povo, com nossa gente, com nossa cultura e nossa identidade. E a primeira ação não poderia ter sido mais acertada.
A abordagem foi no Abrigo São Vicente, onde mais de 80 idosos vivem de uma pequena verba governamental, da caridade de alguns e com muitos problemas. É, amigos e amigas, envelhecer nesse nosso país nunca foi fácil, e quando se fala dos que não tem família para cuidar, a situação é ainda mais precária.
Em nossa primeira visita, saímos de coração partido e com a certeza de que essas pessoas, história viva de nossa existência, precisam mais do que nunca de uma atuação no sentido de melhorar a vida daquelas pessoas tão importantes para a sociedade, visto o vasto conhecimento e vivência que tem para passar aos que se propõem a ouvir.
Uma vez levantadas as prioridades, marcamos nos dois jogos seguintes de arrecadarmos entre os membros, parentes, colegas de trabalho, vizinhos e amigos, itens de higiene pessoal para os moradores do Abrigo. Conseguimos cerca de 400 itens dos mais variados tais como sabonetes, escovas de dente, hidratantes, fraldas geriátricas, loções de limpeza, cremes, etc…
Com muita ansiedade, foi chegado o dia da entrega… e que dia. Memorável. Foi simplesmente emocionante demais tanto para nós quanto para eles. E não foi uma entrega imparcial. Fomos de galera, “invadimos” o Abrigo devidamente uniformizados com nossa camisa da Embaixada e largos sorriso no rosto, o que foi retribuído com uma simpatia e uma energia contagiantes.
Preparamos ainda um lanche com bolos, biscoitos e sucos. Muito se fala em caridade nesse país, pouco se faz, menos ainda se faz acompanhado de calor humano. Nossa presença física foi tão importante quanto os itens doados, só não sei se para eles ou para nós. Sim, digo isso porque a emoção de ver esse sonho se concretizando, a alegria naqueles rostos em nos ver ali, dando atenção, carinho, valorizando o ser humano ali presente trouxe para eles tanta alegria que nos contagiou a todos.
Se é que existe coisa tal como a “Lei do Retorno”, desculpem-me os supersticiosos, mas ela não está em outro plano, outra esfera que não nessa, porque o que tivemos de volta daquelas pessoas nos encheu tanto de vida, de orgulho e de reflexão que pagou com sobra cada instante investido na realização daquele evento.
Para sempre estamos marcados por aqueles momentos que jamais sairão da memória, bem como a absoluta certeza de que nós, da Embaixada Bahêa de Ilhéus, temos ainda muito trabalho pela frente, pois vai ser impossível parar.
Se o papel das Embaixadas Tricolores é o de recrutar novos torcedores, empoderando-os também como cidadãos, mostrando que torcer para um time de seu estado, principalmente no Nordeste é antes de mais nada um posicionamento político de resistência e de cidadania, não há forma melhor do que mostrar a transformação social que somos capazes de fazer pela nossa gente.
Sim, porque aqui NINGUÉM NOS VENCE EM VIBRAÇÃO!!!!!!!“
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