“Desgraçado é o goleiro, até onde ele pisa não nasce grama”. Imortalizada nos anos 60 pelo jornalista Dom Rossé Cavaca, a frase é sempre lembrada a cada 26 de abril, Dia do Goleiro. Aproveitando a ocasião, a rádio Sociedade da Bahia entrevistou o arqueiro Emerson que, mesmo há mais de um ano no banco de reservas, permanece sendo idolatrado pela torcida.
Segundo o atleta, o carinho das pessoas tanto dentro do estádio quanto nas ruas o faz continuar motivado para conseguir realizar seu atual objetivo: voltar a vestir a camisa 1 tricolor. Esse, aliás, também é o desejo da grande maioria da torcida, que já mostrou sua preferência diversas vezes em enquetes e mensagens para programas de rádio e TV.
Isso sem falar no corriqueiro coro ouvido nas partidas na Fonte Nova, com as arquibancadas pegando no pé do titular Márcio, de 24 anos, bastante questionado pelas falhas desde o gol de Arivélton na final do Estadual de 2004, passando pelo olímpico sofrido diante do Brasiliense e, por exemplo, no BA-Vi do 6 a 2. Algo diametralmente oposto ao vivenciado por Emerson, 33, que descarta a possibilidade de ser técnico ou treinador de goleiros quando encerrar a carreira.
26/4
Quanto à data comemorativa, o gaúcho diz que gosta “porque fica o orgulho de ser lembrado, reconhecido na profissão”. Para ele, agarrar é um dom de Deus, “e que mesmo sendo uma função diferenciada, ingrata, é muito bonita na pratica do futebol”. Já Márcio lembra da tradição familiar: “Começou com meu avô, Esmeraldo, goleiro do Bahia na década de 60, depois com meu pai, Carlos Memera, no Vitória, nos anos 80, e agora eu, no Bahia, no século XXI. No meu caso, acho que é genética”.
Arqueiro de enorme sucesso não faz muito tempo, o comandante Zetti define: “Ser goleiro é uma filosofia de vida”. O Dia do Goleiro foi criado em 1986, uma iniciativa de Martorelli, na época, diretor do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, em São Paulo.
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