Em mais uma atuação que voltou a decepcionar os torcedores que compareceram em peso para prestigiar a equipe, o Bahia empatou em 0 a 0 com o atual campeão da Libertadores, o Atlético-MG. Novamente errando muitos passes e sem criatividade para chegar ao gol do adversário, o time só somou um ponto graças ao desempenho do goleiro Marcelo Lomba, mais uma vez o melhor em campo ao longo dos 90 minutos.
No início do jogo o Bahia deu a impressão que dificultaria para o Atlético. O time de Cristóvão tinha maior posse de bola e criava grandes chances de abrir o placar. Antes dos 15 minutos dois lances polêmicos geraram muitos protestos da torcida, que começou empurrando o time para o campo de ataque.
O primeiro foi logo aos 4 minutos, numa jogada que o volante Rafael Miranda lançou por cima da zaga e William Barbio e Fabrício Lusa ficaram frente a frente com o goleiro Vitor, só que o primeiro, em posição duvidosa, chegou antes e finalizou para o fundo do gol. O árbitro gaúcho Márcio Chagas da Silva anulou a jogada atendendo ao aceno do seu auxiliar.
Pouco tempo depois em boa jogada pelo lado direito, Hélder tabelou com Fabrício Lusa, que foi derrubado pelo goleiro do time mineiro próximo à linha de fundo. Se não houvesse um pouco de encenação do lateral improvisado, a penalidade seria marcada.
A partir daí o Bahia voltou a repetir os mesmos erros cometidos nas últimas rodadas: o excessivo número de passes errados e a falta de qualidade na saída do campo de defesa, com a insistência na ligação direta entre a defesa e o ataque. Além disso, a pouca velocidade e a ausência de apoio pelas laterais do campo, aliadas à baixa qualidade técnica de alguns jogadores, foram decisivas para a fraca produtividade da equipe.
O time mineiro aproveitou estas falhas para exercer a superioridade demonstrada ao longo do campeonato, com tabelas entre os jogadores do meio campo e viradas de jogo para abrir a defesa adversária. Destaque para o atacante Diego Tardelli, que infernizou a zaga tricolor e criou as principais jogadas da equipe.
ALTERAÇÕES NÃO SURTIRAM EFEITO
Na volta para a segunda etapa, o técnico Cristóvão Borges substituiu William Barbio por Wallysson, mas pouca coisa mudou. O Atlético-MG continuou dominando a partida e o Bahia só chegou no campo de ataque em lances isolados, principalmente nas bolas paradas. Fernandão saiu para a entrada de Obina, o que não alterou muito o desempenho do ataque, já que os problemas de criação de jogadas persistiram até o final da partida.
Enquanto Marcelo Lomba voltou a ser o melhor em campo, garantindo o empate em alguns lances de perigo criados pelo time mineiro, o Bahia teve sua melhor chance de gol aos 37 minutos com Titi, que entrou na vaga de Lucas Fonseca contundido. Em falta na intermediária cobrada por Wallysson, a zaga atleticana saiu para deixar os jogadores tricolores em impedimento, só que Obina veio de trás e fez a assistência para o zagueiro finalizar em cima do goleiro Vitor, na melhor oportunidade criada em toda partida.
Ao final de mais um empate jogando em seus domínios, o time do Bahia foi vaiado pelos cerca de 35 mil torcedores presentes. Agora a equipe sairá de Salvador para dois duelos fora de casa, contra o Santos quinta-feira no Pacaembú e o Naútico, no domingo, em Recife. Resta torcer até o final deste domingo por derrotas dos times cariocas, Vasco e Fluminense, concorrentes diretos na luta contra o rebaixamento.
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