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Empates são estatisticamente enganadores

Notícia
Historico
Publicada em 19 de junho de 2008 às 23:17 por Da Redação

O Bahia continua invicto sob o comando de Arturzinho, mas o dado mascara a seqüência sem vitórias contra Paraná e Ceará. A tendência a receber melhor empates do que derrotas é perigosa. A conta é simples: no Brasileirão, vencer uma partida e perder outras duas vale mais do que se igualar a três adversários – levando-se em consideração o quesito número de vitórias como primeiro critério de desempate.

A disputa por pontos corridos demonstra no transcorrer dos dois primeiros anos que time de poucas vitórias não sobe. A análise das temporadas 2006 e 2007 aponta para 17 como mínimo de triunfos exigidos no retorno à elite do futebol nacional. A previsão é bastante otimista. Para se juntar a Coritiba, Ipatinga e Vitória, a Portuguesa compensou o número ao ostentar o título de equipe que menos perdeu na Série B.

Garantia bem próxima da certeza, só com 19,50% de vitórias nas 38 rodadas. Caso do América-RN, que em 2006 marcou os mesmos 61 pontos do Paulista, mas se garantiu. Para isso, empatou apenas quatro vezes, marca bem próxima da conquistada pelo Bahia em apenas sete partidas este ano. O clube apresenta dois problemas altamente condenáveis: vence pouco (apenas duas) e empata muito (três).

O aproveitamento é de apenas 42%, bem inferior aos 51,75% do Vitória ano passado, time que subiu com menos pontos ganhos desde 2006. Só 59 dos 114 possíveis. A estatística não assusta Arturzinho. “Minha preocupação é com o empate dentro de casa. Empate fora eu considero ponto ganho”, analisa. Na sua filosofia, o 0x0 com o Paraná no Jóia da Princesa é suprido pela vitória sobre o Criciúma no Heriberto Hulse.

O 2×2 com o Ceará serve como bonificação nas pretensões tricolores, mas deixou a desejar pelas circunstâncias. O Bahia abriu dois gols de vantagem no primeiro tempo e permitiu a reação cearense. O treinador diz que a estratégia do contra-ataque não funcionou na concretização. “O time apresentou dificuldade de manter-se com a bola no campo adversário, apesar de bem posicionado”.

A entrada de Gilberto não surtiu efeito e a defesa falhou na bola aérea. “Naquele momento, a jogada pelo alto deveria ser nosso ponto forte. Tínhamos defensores altos. Treinamos isso durante a semana e sofremos dois gols nesse tipo de jogada”, argumentou. Padovani, 1,94m, só observou o atacante Vavá escorar de cabeça para marcar o segundo.

A comissão técnica terá uma semana para corrigir os problemas antes de enfrentar o Juventude, em Caxias do Sul, na terça-feira junina. Arturzinho pretende analisar o vídeo dos jogos do adversário antes de pensar nos substitutos de Elias e Luciano Baiano, suspensos pelo terceiro cartão amarelo. Depende ainda da liberação de Fausto, recuperando-se de uma contratura muscular.

Correio da Bahia

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