Nesta semana, um dos sócios da “Antoniu´s”, empresa que cuida dos interesses de atletas como Fábio Costa, Dudu Cearense, Nadson, Nonato e Uéslei, pediu à Tática Assessoria de Comunicação para distribuir o texto abaixo aos diversos veículos da imprensa baiana. A proposta é “denunciar o abandono a que o jogador Bebeto Campos (outro cliente do escritório baiano) foi relegado pela diretoria do Paysandu, clube que defendeu em 2004, após ser constatado um problema cardíaco que o obrigou a encerrar sua carreira. Confira:
“VÍTIMA DA FATALIDADE E DOS MAUS CARTOLAS
O apoiador Bebeto Campos, que teve de abdicar desde novembro último à profissão por problemas cardíacos, detectados inicialmente pelo departamento médico do Paysandu SC, de Belém do Pará, mais tarde confirmados pelo INCOR Instituto do Coração da Universidade de São Paulo -, não teve apenas a marcante decepção de um golpe definitivo e tão prematuro, mas, também, sente o gosto amargo do desamparo, do descaso e do desrespeito dos dirigentes que, sob um imperdoável rótulo falso de ética e de bons costumes, tudo prometeram, mas agora revelam sem a menor cerimônia, fazer parte do criminoso grupo dos cartolas que ludibriam profissionais, violando compromissos, usando a indiferença e a impunidade como suas aliadas permanentes.
É certo que o presidente do Paysandu, Sr. José Arthur Guedes Tourinho, orientado pelo diretor médico Joaquim Fernandes Ramos, ao investigar a saúde de dos seus atletas, divulgou nota em todos os veículos da mídia nacional, informando o infausto diagnóstico sobre Bebeto Campos, afirmando solidariedade, apoio moral e material e mais do que isso -, deliberando que o jogador se encaminhasse a São Paulo para uma pesquisa mais conclusiva sobre o seu estado de saúde e a sua verdadeira situação para a prática de suas atividades.
Tudo foi muito bem encenado, uma forma muito coerente, civilizada e até comovente, tal o relacionamento patrão-empregado, consagrando-se ao comportamento do Paysandu uma certeza de que ainda se podia confiar em dirigentes de futebol. O atleta foi autorizado a viajar, em companhia de sua esposa, com a abertura de que, ao chegar em SP não poupasse energias, esforços e todas as tentativas para uma assistência clínica de primeira qualidade, pois somente assim, clube, jogador e torcedores do país inteiro, ficariam tranqüilos diante da definição dos fatos.
Bebeto Campos, sempre muito eficiente em suas atitudes, tanto como profissional exemplar, como chefe de família e ser humano, apressou-se a buscar respostas para a sua então suposta enfermidade. Pagou, de seus próprios recursos, passagens aéreas Belém-São Paulo-Belém, hospedou-se com a mulher em hotel na capital paulista, recorreu a todos os grandes especialistas através de seu seguro de saúde particular, que sempre esteve em dia, investiu em outros procedimentos para, enfim, obter a desoladora confirmação de que sua carreira, mesmo antes de completar 30 anos, estava encerrada. Logo ele, que nunca teve vícios, de condicionamento físico sempre muito elogiado, um batalhador em campo, de recordes de desempenho em clubes como Bahia, Vitória, Fluminense/RJ e Sport/PE, agora diante de um golpe tão violento e definitivo…
Uma despesa superior a R$ 3,5 mil em viagem curta, providencial, autorizada pelo clube, que não visou lazer nem divertimento, mas a busca desesperada de uma solução para um episódio que consternava a todos. O portal eletrônico do Paysandu divulgava, passo a passo, todas as andanças e consultas, sob a ótica de um ótimo patrono, que parecia estar disposto a não abandonar o seu colaborador.
Eis que agora as coisas tomam um rumo escabroso: o presidente já não atende mais as tentativas de uma conversa do ex-atleta. Seu celular não permite que Bebeto Campos ou seus procuradores entrem em contato com o dirigente. O diretor de futebol, Sr. Vandick José Oliveira Lima, também ex-jogador profissional e baiano como Bebeto Campos, assumiu o cargo recentemente com promessas de não passar ao largo diante do caso, tem acompanhado o presidente na omissão, no menosprezo e na falta de senso do que seja responsabilidade civil.
É bom lembrar que os haveres de Bebeto Campos no Paysandu não se encerram nas despesas com a viagem para investigações em São Paulo, mas somam-se a isso, salários dos dois últimos meses não pagos (novembro e dezembro), gratificações e outros rendimentos que a legislação trabalhista lhe faculta, caminho que não queria tomar, mas que lhe resta recorrer a justiça.
O Brasil e suas autoridades precisam tomar conhecimento desses fatos, porque é nojento repetir-se, enquanto a mídia explora uma tragédia sobre jogadores, dirigentes vestidos em mantos de dignidade, praticando a propaganda enganosa da fraternidade e da boa cidadania, porque, na verdade, estão é escondendo as garras da ganância e da desobediência às leis do País”.
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