De Daniel Dórea, no jornal A Tarde deste sábado:
“Último coletivo antes da partida de amanhã, às 19h30, contra o Rio Branco. Ontem, no Fazendão, Arturzinho não teve nada a esconder. Iniciam a partida, no Acre, Márcio, Carlos Alberto, Alison, Eduardo e Adilson; Humberto, Fausto, Preto e Cléber; Charles e Nonato.
Porém, o treinador aposta que esses serão meros coadjuvantes do confronto. De repente, aqueles que entram podem solucionar o jogo. E é essa a estratégia que vou usar, revelou.
Então, quem são os reservas candidatos a heróis? Arturzinho leva para o banco o goleiro Sérgio, o zagueiro Cléber Carioca, o lateral-esquerdo Ávine, o volante Marcone, o meia Danilo Gomes e os atacantes Amauri e Moré.
Visilmente chateado com a reserva, após ser infantilmente comparado a Pelé, pela torcida, o atacante Moré não parece ter gás para voltar a emocionar a turma tricolor. Uma prova disso é o jogo passado, em que o centroavante cearense entrou em campo sem o mínimo tesão.
Desde o jogo contra o Goiás, na Fonte, pela Copa do Brasil, os tricolores esperam sentados por exibição de gala de Moré. Até agora, ninguém levantou para aplaudir.
Dotado de grande explosão física, Amauri pode mudar a cara de uma partida com sua velocidade. Em contrapartida, pode entrar e atrapalhar tanto o toque de bola da equipe, que, às vezes, a rapidez não compensa.
E o perseguido Ávine? Talento ele tem, mas a impaciência da torcida com suas loucuras esporádicas o faz ser um dos atletas mais discriminados do Fazendão.
Arturzinho não descarta sua utilização no jogo. Você já viu a velocidade que ele dá ao time quando entra?, observou.
É ELE Mas a esperança do treinador está mesmo nos pés de Danilo Gomes. Ele vem treinando bem, mas está há muito tempo sem jogar. Vou deixar para colocá-lo no decorrer do jogo, disse o técnico. Danilo não atua desde 18 de julho, no triunfo sobre o América/SE.
O meio formado por Preto e Cléber é, por essência, muito lento. Eles são jogadores de organização e as características dos dois não se complementam, segundo as palavras do próprio Arturzinho.
O meio-campo com um jogador de criação e outro de movimentação encaixa melhor, mas não signifca que Preto e Cléber não podem atuar juntos, ponderou.
O treinador revelou estar muito feliz com a atitude de um jogador, que se dispôs a ir para a reserva sem problemas, já que o próprio deve estar percebendo que não pode dar o seu melhor. Arturzinho não quis revelar o nome, mas é difícil não imaginar o de Preto.
Por enquanto, o experiente jogador continua entre os 11 que começam, mas, quando Inho e Danilo Gomes estiverem bem, seguramente ele vai esquentar o banco.
SAUDADE Vendo Cléber e Preto atuarem contra ABC e Rio Branco fez a torcida do Bahia sentir muito a falta dos talentosos Rafael Bastos (no português Belenenses) e Danilo Rios (Grêmio).
Arturzinho reconhece que a produção do meio-campo está aquém das expectativas, mas não tem saudade de ninguém. O time não perdeu nada, garantiu.
O diretor de futebol do clube, Ruy Accioly, concorda: Eles foram vendidos para fazer caixa. Temos que fazer como o São Paulo. Perdemos uns, mas trazemos outros da mesma qualidade. Será possível?”
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