Esquadrão de Aço estréia em confronto sem platéia

Confira matéria do repórter Paulo Simões, publicada na edição de ontem do jornal A Tarde:

“De líder de audiência no Brasileiro, ano passado, a público zero na estréia da Série B, este ano. A curiosidade passa longe de honrar o Bahia que, às 16 horas, enfrenta a Anapolina, no Jóia da Princesa, em Feira de Santana.

Mas o fanatismo que a torcida não rejeita até nos momentos mais críticos pode ser aplacado com alguns paliativos: as transmissões pela TV a cabo e rádios AM e FM. No estádio, nenhum torcedor pode entrar, conforme normas distribuídas pela CBF.

A desobediência ao Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) pode custar caro ao tricolor. No mínimo, abertura de novo processo.

O anterior, que tirou o jogo da Fonte Nova, teve origem na partida final do ano passado, na Série B, contra o Brasiliense, quando torcedores jogaram objetos no árbitro Paulo César Oliveira, que dedurou na súmula.

Além de atuar fora de seu habitat, o Bahia paga em suaves prestações multa de R$ 50 mil pelas latinhas de cerveja e refrigerante, além de copos atirados na direção do juiz, o qual está vetado pelo clube pelo resto da vida.

Em conseqüência, o tricolor foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com perda de um mando de campo que deveria cumprir na partida contra o Grêmio, valendo pela Copa do Brasil.

Depois de muito suplicar, conseguiu que a punição fosse cumprida em outra competição promovida pela CBF. A primeira alternativa foi levar a partida para o Estádio Antônio Pena, mas depois houve a mudança.

Além de não permitir de torcedores, a CBF também proíbe presença de convidados de Bahia ou Federação Baiana de Futebol. Tampouco poderão assistir ao jogo donos de cadeiras cativas ou perpétuas do estádio feirense.

Tanto a FBF quanto o clube serão responsabilizados caso haja invasão da torcida no Jóia da Princesa. Mesmo não havendo público, será obrigatório emissão de borderô constando as despesas com a partida.”