Tal como Fênix, o Bahia ressurgiu das cinzas neste sábado, Dia da Consciência Negra, após derrotar o Fortaleza por 2 a 0. O triunfo na Fonte Nova foi o primeiro do time de Vadão no quadrangular final da Série B. Os dois tentos marcados por Cícero, ambos de pênalti e na etapa inicial, aliado ao resultado de 1 a 0 do Avaí sobre o Brasiliense, em Florianópolis, embolaram ainda mais a disputa por duas vagas para a elite do futebol nacional em 2005.
O Tricolor trocou a lanterna pelo 2º lugar, com 4 pontos, ultrapassando o Leão do Pici no saldo de gols (1 x -1). Os catarinenses também subiram, mandando o Jacaré para a lanterna (3 pontos) e assumindo a liderança isolada, com cinco.
Os cerca de 40 mil pagantes viram um começo de jogo aberto, com os anfitriões tentando pressionar os visitantes que, por sua vez, planejavam cadenciar a partida, tocando muito a bola na defesa e para os lados. O Fortaleza chegou inicialmente através de uma cabeçada, mas foi o Bahia quem logo marcou.
Aos 13 minutos, depois de criar pelo menos duas oportunidades, Robert chutou de longe, a bola bateu na zaga e sobrou para Bruno, em pleno lado direito do campo. Num lance rápido, o lateral-esquerdo tentou passar por dois adversários e foi derrubado na área. Pênalti que Cícero cobrou rasteiro, sem chance de defesa para Bosco, que pulou para o lado contrário.
Empurrado pela torcida, o Esquadrão passou a comandar o meio-campo e a abusar das jogadas aéreas em inúmeras faltas da intermediária, sempre com Robert lançando e Allyson aparecendo com perigo por trás da defesa. Enquanto isso, Ari – incansável – imprimia sua correria mesmo sob um sol das 3 da tarde. Aos 29, por exemplo, foi à linha de fundo, cruzou e assustou os cearenses.
Susto também ao Tricolor que, em seguida, assistiu a Juninho Cearense tirar tinta da trave canhota de Márcio. O troco veio com Neto Potiguar (melhor, porém ainda longe das atuações da fase classificatória), que fintou três marcadores e concluiu em gol. Bosco fez excelente defesa.
A oportunidade mais clara do Leão aconteceu aos 39, na cara do goleiro do Bahia, que salvou. No contra-golpe, Renna recebeu boa enfiada pela esquerda e foi atingido por um carrinho atrasado do grandalhão Pícoli. Nova penalidade máxima: Cícero repetiu a cobrança anterior, mas apesar de o arqueiro ter acertado o canto, não conseguiu evitar que a bola balançasse suas redes.
No segundo tempo, o Esquadrão fechou-se na defesa, resolveu explorar os lances em velocidade e a partida ficou mais equilibrada. O oponente cresceu e teve chances reais de deixar o seu, só que esbarrou no excelente momento de Márcio e na solidez da zaga comandada por Reginaldo “Cachorão”.
Conseguindo controlar o duelo, o Bahia, entretanto, vacilou na pontaria, pois tinha tudo para aumentar seu saldo de gols – critério importantíssimo de desempate nesta etapa decisiva. Numa das vezes de maior perigo, Robert lançou Renna, que bateu de primeira e obrigou Bosco a realizar uma arrojada intervenção. A mais bela jogada da tarde.
A equipe também chegou com Luís Alberto, Rodriguinho e William, que entraram nos lugares de Robert, Henrique e Potiguar. A partir daí, administrou o resultado tocando de pé em pé e esperando o apito final do árbitro gaúcho Leonardo Gaciba. Finalmente aplausos – e alívio – no Octávio Mangabeira.
Os times voltam a se enfrentar daqui a uma semana, agora no Ceará, pela 4ª rodada ou início do “returno” do quadrangular.
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