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Esquadrão definido, enquanto Leão faz mistério

Notícia
Historico
Publicada em 10 de fevereiro de 2008 às 09:33 por Da Redação

Nunca a liderança do Baianão esteve tão disputada neste século 21. Não por acaso, ela se alternou três diferentes vezes durante as duas semanas que englobam o Carnaval de Salvador.

O topo era azul, vermelho e branco até a véspera da folia. Mas eis que a eterna pedra no sapato de apelido Ipitanga surgiu e, sete rodadas depois, o Vitória goleou o Poções assumiu a condição de ponteiro. E assim permaneceu até quinta-feira, logo após a Quarta de Cinzas, quando se deparou com a sua asa negra, o Colo-Colo, e viu a primeira colocação voltar para os braços do arqui-rival.

Na ressaca momesca, é hora de saber quem vai rir por último. As táticas adotadas para isso, desde o meio de semana, são completamente distintas.

SIGILO – Enquanto o Esquadrão usou o que tinha de melhor em Camaçari, o Leão resolveu poupar dois titulares em Ilhéus, e levou a pior. Agora, se não há clima de mistério no Fazendão, a situação é completamente distinta pelas bandas do Barradão.

Tanto o lateral-esquerdo Gustavo quanto o volante Ramirez têm retorno assegurado. Idem para o meia Jackson, que forçou o terceiro cartão amarelo sábado passado buscando ficar livre para o clássico. Seus substitutos, porém, são segredo de Estado do técnico Oswaldo Alvarez.

O treino da manhã de ontem foi fechado para a imprensa. Repórteres só puderam entrar na hora do descontraído rachão.

Na vaga do machucado Ney, França segue no gol. Alessandro, Vanderson e Moré devem sobrar. Elogiado pelo comandante, o garoto Marcos pode formar a dupla ofensiva com Elcimar, recuperado de contusão. “Ainda vou analisar qual a melhor equipe”, esquiva-se Vadão.

Vinte e dois jogadores estão concentrados desde anteontem na Chácara Vidigal Guimarães. A maior novidade é o zagueiro Alex Oliveira, ex-Ponte Preta e futebol coreano. Apesar de clinicamente curado de uma lesão no músculo adutor da coxa, Índio não entrou na relação. Os ex-tricolores Carlos Alberto e Danilo Rios, como já era esperado, também ficaram de fora.

ADRENALINA – No Bahia, o técnico Paulo Comelli tem um desfalque e um reforço. Exames descartaram a suspeita de fratura, mas o lateral-esquerdo Adilson sofreu uma entorse ainda no primeiro tempo de quinta, no Armando Oliveira, e deve passar um mês longe dos gramados.

Como Ávine permanece afastado por indisciplina, a camisa 6 será herdada por Daniel, ex-Atlético de Alagoinhas, contratado após um período de testes no Alto de Itinga. “Não gosto de improvisar”, justificou o treinador, sobre a hipótese de recuar Jorginho ou Rivaldo para o setor.

Aos 24 anos, Daniel considera a chance como a mais importante de sua vida. “A adrenalina está a mil”, confidenciou.

A outra modificação é o retorno do volante Emerson Cris, depois de cumprir a automática, no lugar do apoiador Rivaldo. Embora tenha cogitado manter o time com dois meias ofensivos, Comelli prefere ser mais pragmático em um Ba-Vi.

Entre os 20 convocados, surpresa é a presença do atacante Anderson Costa, finalmente regularizado. Ontem, o armador Tiago Neiva foi emprestado para o Fluminense de Feira.

Matéria publicada originalmente, por esse mesmo autor, na edição deste domingo 10/02/2008 do suplemento A Tarde Esporte Clube

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