Esquadrão é o líder de indisciplina no Nacional

A briga contra a irregularidade para colocar-se entre os líderes do Campeonato Brasileiro produziu um indesejado efeito colateral no Bahia: após a rodada disputada no último final de semana, o clube assumiu a liderança do ranking da indisciplina do torneio: em onze rodadas, o Tricolor acumulou 31 cartões amarelos e quatro vermelhos, mais do que qualquer concorrente.

Ironia ou não, o mais próximo de roubar esta condição de time que mais bate no Brasileiro é o rival Vitória-BA, que ocupa o segundo lugar com 29 amarelos e cinco vermelhos. “Não sei o que está acontecendo. Alguns cartões são justos, outros nem tanto”, diz, evasivo, o goleiro Emerson, que recebeu, na derrota por 2 a 0 para o Internacional, a primeira expulsão de sua carreira.

A preocupação do técnico Evaristo de Macedo é que a partir de agora o Bahia passe a ser visado também pelo presidente do Tribunal de Justíça Desportiva, Luiz Sveiter, que anda aplicando punições preventivas a jogadores com base em imagens de TV, independentemente de eles terem sido advertidos pelos árbitros. “Acho que isso não tem nada a ver. O árbitro é a autoridade máxima do espetáculo. Depois que ele apita, acabou”, diz.

O volante Otacílio se permite discordar do chefe. Ele alega que, quando ainda defendia o Corinthians, foi expulso e ofendido pelo árbitro Edílson Pereira de Carvalho num clássico com o Palmeiras. “O juiz inventou na súmula que eu tinha dado uma cotovelada no Juninho. Por sorte a fita do jogo provou que não aconteceu nada daquilo”, reclamou. “Não se pode dar tanto poder ao árbitro. De repente um mal caráter desse podia ter acabado com a minha carreira”, protestou.

Agência Placar (Adaptado)

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