Esquadrão luta contra maior jejum de sua história

Confira matéria da edição deste sábado do jornal A Tarde:

“Nos últimos tempos, o Campeonato Baiano perdeu o apelo que tinha no passado. Com pouco interesse do público e nível técnico técnico questionável, a disputa ficou morna. Mas a queda da dupla Ba-Vi para a Série C esquentou a competição. No caso específico do Bahia, há uma missão especial em jogo. Caso não seja campeão, o tricolor completará o mais longo ciclo sem títulos estaduais.

Desde que foi fundado, em 1931, o Bahia nunca experimentou jejum superior a cinco anos sem faturar o Campeonato Baiano. O período mais prolongado de seca aconteceu há quase quatro décadas. Depois de conquistar o penta, em 62, com a mesma geração campeã da Taça Brasil de 59, o tricolor só voltou a ser campeão em 67.

A diferença é que, naquela época, a competição não era bipolarizada como hoje. No intervalo sem títulos, três times diferentes ergueram o troféu baiano: além do Vitória (64 e 65), Fluminense de Feira (63) e o moleque travesso Leônico (66) sagraram-se campeões.

De certa forma, o fato de vários clubes terem sido campeões acabou amenizando a bronca da torcida naquela ocasião. Agora, é diferente. No tabu atual, iniciado em 2002, só o rubro-negro venceu. Ver o maior rival ser pentacampeão é algo inadmissível para os tricolores mais exaltados.

Para evitar a irritação dos torcedores, ainda como presidente interino, o presidente Petrônio Barradas alertava: “o presidente que permitir ao Vitória ser penta merece uma corda no pescoço”.

Seus comandados parecem ter assimilado o recado. Tanto o diretor de Futebol, Newton Mota, como o técnico recém-contratado, Luís Carlos Cruz, colocam a conquista do título como prioridade. A última vez foi em 2001, na final contra o Juazeiro”.

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