Mesmo tendo sido o palco do bicampeonato brasileiro, em 1988, o Beira-Rio definitivamente não é o estádio dos sonhos tricolores. Vindo de dois triunfos seguidos, o Bahia continuou sem vencer o Inter na história do campeonato, na noite desta quarta-feira, pela 35ª de 38 rodadas. Apesar de merecer melhor sorte, levou um gol logo no início, fruto de vacilo de marcação, e terminou perdendo por 1 a 0, além de ver a distância para a zona de rebaixamento cair de sete para cinco pontos e descer um degrau, agora no 14º lugar. A matéria é do Globoesporte.com:
`O atacante Gilberto (ex-Santa Cruz), ainda no primeiro tempo, fez o gol do Inter -não mais do que competente na partida. Com o resultado, o time colorado foi a 54 pontos, na sétima colocação, apenas um atrás da zona de classificação para a Libertadores. A rodada, porém, será complementada nesta quinta-feira. O Bahia, com 42, é o 14º, ainda dentro da Sul-Americana.
O Bahia volta a campo no domingo, às 19 horas, quando receberá o Palmeiras.
Mais polêmicas do que gols
É bem verdade que teve gol no primeiro tempo. Teve gol do Inter, gol de Gilberto o primeiro dele com a camisa colorada. Mas teve, acima de tudo, polêmica. Três lances reclamados de olhos arregalados, dois pelos mandantes e um pelos visitantes, tornaram o árbitro Paulo César de Oliveira em protagonista dos primeiros 45 minutos no Beira-Rio. Ele terminou a etapa cercado por jogadores das duas equipes. Gaúchos e baianos compartilharam a irritação com o apitador.
O gol antecedeu as broncas. Ele saiu cedo, logo a oito minutos, com direção do principal jogador colorado no primeiro tempo. Tudo no Inter passou por D`Alessandro. Inclusive o gol. Foi ele quem abriu para Kleber e ele quem pegou o rebote do cruzamento para mandar o chute. Marcelo Lomba espalmou, e Gilberto aproveitou a sobra (em posição duvidosa), esticou o peito para frente, como se fosse mergulhar em uma piscina, e deixou a bola bater nele para saborear, pela primeira vez na vida, o gosto de marcar um gol com a camisa colorada.
O Bahia, com 53% de posse de bola, jamais se intimidou no Beira-Rio. Teve uma chance com Magno, em chute torto, para fora. Teve outra com Júnior, em giro fraco, nas mãos de Muriel. E teve o lance que tirou o lateral esquerdo Dodô da partida. O jogador passou reto por Nei, área adentro (num lençol), e foi interrompido por uma solada de Bolívar. Os tricolores esbravejaram por pênalti e expulsão. Paulo César preferiu dar falta em dois toques e amarelo. Dodô, a vítima da jogada, teve que ser substituído por Hélder. Mal conseguia caminhar.
No primeiro lance de reclamação do Inter, D`Alessandro fez jogada de craque pelo lado direito e cruzou na cabeça de Damião. O centroavante chegou a se jogar no chão, tamanha a fúria por o árbitro não considerar pênalti o toque de mão de Fabinho. O mesmo aconteceria mais tarde, com Diego Jussani, em jogada novamente ignorada pelo árbitro.
Polêmicas de lado, o Inter foi mais agudo em campo. Teve oito finalizações, contra cinco do Bahia. Gilberto construiu a melhor chance. O chute forte, porém, passou sobre o gol de Lomba`.
Triunfo mantido
Joel Santana tentou fortalecer o Bahia. Colocou Nikão no lugar de Magno, para repor a saída de Dodô, explorando o setor canhoto. Deu certo e o Tricolor passou quase toda a etapa senhor das ações, porém sempre esbarrando nas finalizações ruins da dupla Júnior e Lulinha.
Ainda lançou Carlos Alberto na vaga de Fahel. O panorama se manteve parecido até o final, com o Inter tentando chegar em contra-golpes e bolas paradas, como numa falta que D`Alessandro chutou na trave. Nos acréscimos, Júnior deu impressão de que não desperdiçaria levantada na área, mas falhou, como nos lances anteriores em que esboçou o papel de pivô.
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