Num jogo em que quase perdeu após abrir 2 a 0, o Bahia virou no fim (4 a 3) e chegou ao quarto triunfo seguido no Estadual, mantendo-se na segunda colocação, mas agora a apenas dois pontos do líder Bahia de Feira, que perdeu para o rival em Canabrava. O início da reação do Itabuna aconteceu graças a um pênalti inventado do zagueiro Titi, aos 16 minutos do segundo tempo. Porém, o atacante Souza confirmou a ótima fase, marcou três gols e decretou o resultado aos 50, cobrando penalidade máxima depois de ter o mérito de criar a jogada na linha de fundo.
Antes do jogo, o ônibus que levava a delegação do Bahia ao estádio Luiz Viana Filho foi impedido de entrar. Policiais militares, em greve, bloquearam a passagem do veículo. Já em campo, o elenco tricolor teve outro teste de paciência. Sem policiamento, o árbitro da partida retardou o início da partida em 20 minutos, até que soldados da Força Nacional e do Exército pudessem oferecer segurança os jogadores e torcedores.
Aos 6 minutos, o Bahia –com o interino Eduardo Souza– por muito pouco não abriu o placar. Souza fintou o zagueiro, na entrada da grande área, e ficou de frente com o goleiro, mas Baggio salvou. Na cobrança, a bola sobrou para Souza que, desequilibrado, finalizou pela linha de fundo.
Mais participativos e visivelmente posicionados mais à frente que com o ex-técnico Joel Santana, Fahel avançou pelo meio e lançou Fabinho, que quase abriu o placar. Aos 35, porém, ele cabeceou bem cruzamento de Morais pela direita e marcou 1 a 0.
Aos 40, o capitão Titi vacilou veio e obrigou o goleiro Omar, substituindo o lesionado Marcelo Lomba, a fazer uma bela defesa.
Na volta do intervalo, com 50 segundo quase Fabinho ampliou. Ele ficou na cara do gol, após bola espirrada de Morais, mas desperdiçou de maneira incrível.
Contudo, aos 6, veio o segundo tento do Esquadrão. Em lindo lance, Morais enfiou a bola para Lulinha, que, de primeira, deixou Souza livre de marcação. O camisa 9 só escolheu o canto e chutou rasteiro para fazer 2 a 0. Só que Lulinha sentiu um desconforto na coxa e foi substituído por Ciro, estreante da tarde.
Tudo parecia já resolvido, mas o Bahia começou a se complicar, prejudicado ainda pelo árbitro Gleidson Oliveira, que marcou pênalti quando Titi deu um carrinho na bola. Aos 16, Hélder, revelado na base tricolor, diminuiu.
Em seguida, Souza cruzou para Ciro quase balançar as redes. Pouco depois, todavia, o Itabuna empatou em jogada bizarra de escanteio. Hélder, de novo, desviou, a bola pererecou e terminou entrando.
Aos 26, Vágner aproveitou mais um cochilo do sistema defensivo tricolor e virou o jogo. O camisa 11 invadiu a grande área, pelo lado direito, e chutou no canto, sem chances para Omar. E o que já estava feio, por muito pouco, não ficou ainda pior. Aos 31, Omar errou a reposição de bola e presenteou o atacante Vágner. Ainda mais precipitado, o jogador isolou.
Desnorteado em campo, o Bahia buscou a reação. Ciro recebeu bom passe de Vander e encheu o pé, para grande defesa de Baggio.
Quando o panorama parecia invertido, com o duelo já resolvido para o time da casa, Souza apareceu. Em jogada ensaiada, o volante Fahel, após cobrança de falta, ajeitou de cabeça para o camisa 9 brocar. Aos 48, Titi teve boa chance de cabeça, mas desperdiçou.
Ainda havia tempo. Aos 50, Ciro foi puxado na área, após jogada de Souza, e o árbitro assinalou pênalti. O “Caveirão”, com muita categoria e selou o triunfo azul, vermelho e branco.
O Tricolor de Aço volta a campo na quarta-feira, em Pituaçu, contra o Vitória da Conquista, noite que marcará o novo uniforme da Nike. No domingo, haverá o primeiro Ba-Vi do ano.
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