Vavá esteve perto do tricolor em 2006. Chegou Isac. O arrependimento pela escolha equivocada só pôde ser comprovado ontem à noite. Contratado pelo Ceará, o atacante marcou duas vezes e decretou o movimentado 2×2 no Castelão. Empate corriqueiro, não fosse a postura diametralmente oposta do Bahia nos dois tempos. Crédito na conta do técnico Arturzinho.
Ofensivo, o time abriu 2×0 na primeira etapa. Propositadamente armado para segurar o resultado, passou sufoco, tomou dois gols e por pouco não sai de Fortaleza com outra derrota. Perdeu posto na tabela para o Barueri e agora é o 11º colocado, somados nove pontos em sete rodadas da Série B do Brasileiro. O grupo retorna a Salvador esta manhã e inicia a preparação para a partida da terça-feira junina, contra o Juventude, em Caxias do Sul. Terceiro cartão amarelo, Luciano Baiano está fora.
As dimensões do campo favoreceram o confronto franco, de oportunidades, bem distante do que se tem visto no Jóia da Princesa. Com passagem pelo Juazeiro no Baianão 2007, Ciel deu trabalho, preparou as jogadas, mas o parceiro de ataque destoou na pontaria. Luiz Carlos desafinou o tom logo no segundo minuto, quando chutou o vento depois que Ciel despachou quatro defensores.
E não faltaram chances de redenção. Na cabeçada, Darci salvou no tapa; em mais uma trama dos atacantes, a bomba de primeira passou riscando a trave. Ciel perdeu o seu em falha de Marcone e trabalho destacado de Darci. O Bahia explorou os contragolpes com rara eficiência. Aos 17 minutos, Luciano Baiano roubou bola, Bruno Cazarine encontrou Galvão na área para o chute cruzado, de canhota, no canto esquerdo: 1×0.
Cazarine ainda sofreu pênalti não marcado antes de o árbitro potiguar João Alberto Duarte assinalar a infração, desta vez sofrida por Ávine. Elias cobrou no meio aos 37 e comemorou chutando a placa publicitária. Eu só estou no futebol até hoje por que tenho personalidade. Tem muita gente dizendo que perdi dois pênaltis. Bati e vou continuar batendo. O Arturzinho me incentiva muito, desabafou, e ficou no vestiário.
Rivaldo para conter as investidas cearenses. Lula Pereira apostou no oposto: Vavá entrou para mudar o jogo. O atacante aproveitou a bola quicando à sua frente, na sobra da cabeçada no meio da área. A dois passos do gol, bola na rede aos 23. O Ceará armou verdadeira blitz e o Bahia pagou por abdicar do ataque. Encolhidos atrás, os zagueiros assistiram Vavá subir no cruzamento da direita e testar firme para empatar dez minutos mais tarde.
Correio da Bahia
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