Esquadrão visita pela 1ª vez o Bruno José Daniel

Rua 24 de Maio, sem número, bairro de Vila Pires, Santo André. Seis meses depois de empatar em 1 a 1 com o Bragantino, pelo octogonal decisivo da Série C, o Bahia volta ao Estado de São Paulo rumo a um endereço nunca antes visitado. Apesar de as equipes já terem se enfrentado duas vezes na história, o confronto das quatro da tarde será o primeiro disputado no Estádio Bruno José Daniel.

Sem problemas, a princípio. Inaugurada em dezembro de 1969, a praça esportiva de propriedade da prefeitura municipal tem tudo para fazer o tricolor se sentir em casa. Além de a capacidade e dimensões do gramado serem quase idênticas às do Jóia da Princesa (15.157 pessoas e 105 x 68 m), a torcida azul, vermelha e branca se organiza na internet para superar a dos anfitriões, que vão mal na Série B.

Some-se o tamanho e a saudade dos milhares de baianos que moram na Terra da Garoa (situada a apenas 19 quilômetros de Santo André) com a força inexpressiva da galera dos donos da casa. Para se ter idéia, mesmo tendo retornado à elite do futebol paulista, o Ramalhão levou 1.535 pagantes por partida, em média, na campanha do acesso.

O objetivo no segundo compromisso consecutivo fora de casa e primeiro em seqüência contra times filiadas àquela Federação – sábado que vem, o Esquadrão de Aço recebe o Grêmio Barueri, no novo horário das 16h10, com portões finalmente reabertos – é continuar a perseguição aos líderes do campeonato. E entrar, pela primeira vez, no cobiçado G-4, apelido da zona de classificação à Primeirona.

Batizado em homenagem ao pai do ex-prefeito da cidade Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2002, o “Brunão” parece o palco perfeito para isso.

Matéria publicada originalmente, por esse mesmo autor, na edição deste sábado 24/05/2008 do suplemento A Tarde Esporte Clube