“Esse horário das 15h é terrível para todo mundo”

De Paulo Simões, no jornal A Tarde desta quarta-feira:

“Colocar público nos estádios tem sido tarefa complicada para dirigentes e imprensa. Mas, além da concorrência das tevês que oferecem clássicos do futebol mundial, o torcedor baiano tem hoje mais um empecilho à frente: o horário.

Catuense e Bahia, pela chave de volta da fase de classificação, está programado para 15 horas, no Estádio Antônio Pena, em Catu. A razão alegada pela Federação Baiana de Futebol (FBF) é ausência de luz artificial na praça esportiva.

Desde o ano passado que uma tempestade derrubou a torre do estádio e a prefeitura local não providenciou o reparo. Além da Catuense, o Atlético de Alagoinhas também manda seus jogos no estádio municipal.

Conforme o diretor técnico da FBF, Wilson Paim, não haveria como mudar a tabela agora por motivos diversos. Além de não haver data disponível, os clubes concordaram com a tabela de jogos que foi apresentada.

Por fim, lembra o dirigente, há o Estatuto do Torcedor, que impõe a manutenção do programa estabelecido. “Não há a mínima condição de mudar a essa altura da competição”, diz Wilson Paim.

Antevendo um sol de rachar a moleira, o técnico Arturzinho acha a programação do jogo para 15 horas imprópria: “Tinha que achar uma solução qualquer porque esse horário é terrível para todo mundo”, fala o treinador.

Além de citar o desgaste que os jogadores sofrerão, no caso de sol causticante, Artur se coloca no lugar do torcedor: “A torcida não trabalha não, é ? Esse horário não é adequado. Mas se é para jogar, vamos jogar. Na boa”.

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