De Nelson Barros Neto, para a Folha de S. Paulo desta terça-feira:
`Para evitar problemas semelhantes aos dos jogos de abertura do Mineirão, em Belo Horizonte, e do Castelão, em Fortaleza, a próxima arena da Copa a ficar pronta, na Bahia, será inaugurada com só 80% do público possível.
No próximo dia 7, pelo Campeonato Baiano, torcidas de Bahia e Vitória disputarão 40 mil ingressos para a reabertura da Fonte Nova, que terá ainda shows de artistas locais.
A capacidade máxima da arena é de cerca de 50,2 mil pessoas –hoje começa a instalação de 5.000 assentos provisórios, que elevarão a capacidade para 55 mil pessoas, como recomendado pela Fifa. O governo baiano assumiu o custo de R$ 11,4 milhões, pois diz que isso não fica como “legado” da obra.
O consórcio responsável pelas obras e pela gestão do estádio até 2048, formado por Odebrecht e OAS, apresentou proposta de redução da carga de bilhetes no clássico, e o governo do Estado aceitou.
“A pretensão é não estressar o equipamento, em termos de uso, já de forma imediata”, disse o secretário da Copa-14 na Bahia, Ney Campello, para quem problemas verificados no Castelão e no Mineirão “não podem ser chamados de pequenos”.
O governador Jaques Wagner (PT) criticara os dois casos ao justificar, em fevereiro, o adiamento da entrega da arena, prevista inicialmente para 28 de fevereiro.
Na reabertura do Mineirão, em 3 de fevereiro, houve problemas como falta de água e de bares abertos e ausência de informações sobre posição de assentos. A concessionária foi multada em R$ 1 milhão pelo governo estadual.
No Castelão, reaberto em 27 de janeiro, alguns banheiros não tinham lixeiras, e a comida nos bares acabou ainda no primeiro tempo.
Mandante da partida de 7 de abril, o Bahia informa que foi procurado “há algum tempo” e “já está tudo acertado”.
“É prudente que haja essa preocupação com a segurança. O público ainda não conhece o estádio, rotas de chegada e saída, portões, etc”, diz o presidente do clube, Marcelo Guimarães Filho.
Ele ainda minimiza a desvantagem de vender menos entradas, enquanto o rival contará com 55 mil no segundo Ba-Vi já marcado, em 28 de abril. “Teremos uma compensação proporcional”, diz.
Sob alegação de que haverá festividades na abertura, o ingresso mais barato custará R$ 45 no primeiro clássico, contra R$ 35 depois.´
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