O torcedor do Bahia pode ter que esperar mais de dois meses para começar a comprovar se a aquisição do meia Jahsmani foi ou não uma boa para o clube.
É que a CBF limita a dois períodos no ano a inscrição de jogadores vindo de outros países em competições organizadas por ela. As “janelas”, como são popularmente conhecidas, são entre os dias 02 de janeiro e 25 de março e entre 03 e 31 de agosto de cada ano.
Pela regra, Jhasmani só teria condições legais de vestir a camisa tricolor no dia 08 de agosto, contra o Vila Nova-GO, no Serra Dourada, pela 16ª rodada da Série B, ou seja, daqui a 74 dias.
Caso Aloísio x Caso Jhasmani
Mas o presidente Marcelo Guimarães Filho promete agir para antecipar a estreia do gringo. Os advogados do clube devem usar como argumento a situação do atacante Aloísio, que recentemente conseguiu liminar na Justiça do Trabalho e já pode atuar pelo Vasco mesmo tendo vindo do exterior – ele estava no All Rayyan, do Qatar.
Existem, porém, diferenças entre os casos de Aloísio e de Jhasmani. O vascaíno não foi cedido ao clube carioca por empréstimo ou aquisição dos direitos federativos e sim porque não teve o vínculo com o All Rayyan renovado. Estava, portanto, desempregado e apelou para o direito de poder voltar a trabalhar. Em 2008 o Grêmio usou o mesmo artifício para regularizar Tcheco durante o Brasileirão.
Já o meia Jhasmani vem cedido regularmente por seu clube de origem, o Oriente Petrolero-BOL, por empréstimo gratuito ao Bahia até o final do ano. É esperar para ver se o Tricolor consegue sucesso nos tribunais ou se vai ter que passar dois meses pagando em dose dupla – pelo “mico” e o salário de um jogador que não pode utilizar.
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