Confira abaixo o último texto publicado pelo colunista Oscar Paris em seu “Gol de Placa”, inserido na edição desta sexta-feira de A Tarde:
“AS ESTRELAS MORREM
Confesso minha surpresa. Li ontem que se tivéssemos a capacidade de olhar milhões de anos, no futuro não encontraríamos a Ursa Maior e nenhuma das constelações conhecidas atualmente.
Não parece, mas as estrelas se movimentam em alta velocidade, envelhecem e morrem. Imediatamente, lembrei-me de times que ficaram na história. Só na história, como Botafogo, Leônico, Ypiranga e mais recentemente o Galícia.
A versão baiana do Fogão, o moleque travesso, o mais querido e o demolidor de campeões. Todos, em algum momento, reuniram uma constelação de estrelas e como tal, minguaram e desapareceram.
Admito que fiquei assustado. O ritmo frenético e alucinante com que o futebol da Bahia vai descendo a ladeira é para deixar qualquer um com o coração na mão. Todos vimos o choro, a raiva e a desolação dos torcedores do Bahia.
Agora, a queda é uma possibilidade talvez ainda mais real que a permanência na Segunda Divisão. A dor do torcedor é verdadeira, chocante e parece sem remédio. É incrível como uma instituição do tamanho do Bahia pode, na melhor das hipóteses, disputar a Segundona pela terceira vez. E eu disse na melhor das hipóteses.
Não tem saída. Ou as pessoas que realmente amam o Bahia, estejam de que lado estiverem, abrem mão de vaidades e interesses pessoais, e juntas trabalhem por um Bahia melhor, ou o esquadrão de aço corre sério risco de virar uma estrela cadente.”
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