Como já não bastasse os inúmeros processos judiciais herdados da gestão Marcelo Guimarães Filho, a área jurídica do Esquadrão ainda está tendo que enfrentar antigos gestores nas varas do trabalho.
Depois de Ruy Accioly, Cristóvão Contreiras e Sacha Mamede, agora chegou a vez do ex-diretor administrativo financeiro do clube, Maurício Carvalho. A primeira audiência foi na última quinta-feira.
Carvalho, que também faz parte do processo de Sacha, como testemunha, além de horas extras, pede dezenas de outras indenizações como o não fornecimento de vale transporte e premiações.
Segundo ele, o Bahia pagava R$ 1 mil para “cada trabalhador” em caso de triunfo dentro de casa. Caso o resultado fosse alcançado fora de Salvador, o “bicho” subia para R$ 1.500. Se houvesse empate, o valor era R$ 500. Pelo que argui o ex-diretor, todos os funcionários, inclusive os que ganhavam um salário mínimo, tinham direito ao valor. Assim, a cada placar positivo fora de casa, por exemplo, o clube desembolsava, na teoria, 450 mil reais.
Ainda de acordo com a reclamação de Maurício Carvalho, ele teria sido despedido de maneira indireta “por descumprimento de demandas administrativas financeiras”, setor cujo ele era o próprio diretor responsável. O salário era de R$ 25 mil.
RECONVENÇÃO
Na audiência de estreia da ação, os advogados do Tricolor apresentaram uma “reconvenção”, meio processual definido informalmente como um “contra-ataque” dentro de um mesmo processo.
Para o Bahia, ao invés de ter direito às reclamações solicitadas, Maurício Carvalho tem o dever de restituir o clube com os valores que teriam sido recebidos indevidamente, já que ocupava um cargo que não teria sido aprovado pelo Conselho Deliberativo na época. O objetivo é tornar Carvalho réu no processo e assim ampliar o debate para que seja decidido quem realmente deve algo.
Assim, o ex-diretor terá agora um prazo de 15 dias para apresentar sua defesa.
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