Dois meses depois de vencer o tricolor na Fonte Nova, na estréia do Baianão, o Ipitanga voltou a ganhar do Bahia, agora por 2×1, pela última rodada da primeira fase, em Terra Nova, no Estádio Luís Eduardo Magalhães. Foi o terceiro encontro das duas equipes, e a “Cenoura Mecânica”, que tem apenas dois anos de existência, saiu vitoriosa em todos eles.
O resultado não afetou a classificação do Bahia para as finais da competição, mas o técnico Hélio dos Anjos está na corda bamba e pode ser demitido a qualquer momento. Nos vestiários, o treinador disse que “não tem apego ao cargo” e que o assunto “seria de responsabilidade exclusiva da diretoria”.
Qualquer que fosse o placar deste domingo, o Bahia estava com a primeira colocação do grupo 2 garantida. Quando entrou em campo, já sabia que seu adversário nas quartas-de-final seria o Fluminense de Feira de Santana, terceiro do grupo 3, com 11 pontos ganhos em oito jogos (três triunfos, dois empates e três derrotas). O primeiro confronto acontece domingo, dia 13, no Jóia da Princesa. A partida de volta será na Fonte Nova, no dia 20.
O jogo
Se o primeiro tempo do confronto tivesse apenas seus minutos iniciais e finais, o torcedor teria presenciado a um espetáculo cheio de emoções. Contudo, o que se viu em Terra Nova na maior parte da etapa inicial foi uma partida com poucos lances ofensivos, e muitas faltas que truncavam o duelo no meio-de-campo.
Os dois times, principalmente o Bahia, tiveram dificuldade por conta das dimensões reduzidas do campo. Mesmo com um gramado de qualidade boa, foi difícil abrir espaços para chegar ao ataque, já que ambas as equipes adiantaram a marcação, concentrando seus jogadores no setor de meio-de-campo.
Restou a Bahia e Ipitanga explorar em as jogadas aéreas, principalmente em lances de bola parada. E foi nesse tipo de jogada que saíram os principais momentos de perigo, além dos gols do primeiro tempo. O tricolor abriu o marcador a um minuto, numa bola cruzada pela direita por Guaru, e que o meia Garrinchinha teve a infelicidade de tocar de cabeça, contra seu próprio gol.
Sessenta segundos mais tarde, o time da casa aproveitou um cochilo da defesa, e após um chute errado do lateral Paulo César, numa falta, o volante Marquinhos pegou a bola sozinho na área e chutou forte e rasteiro, no canto esquerdo de Márcio. Nos acréscimos, o Bahia teve um gol corretamente anulado pela arbitragem, que marcou impedimento de Cícero após uma falta batida por Paulinho. O Ipitanga deu o troco logo depois, num escanteio, com o zagueiro Sílvio cabeceando da entrada da pequena área, e Magno, meio sem jeito, salvando o tricolor em cima da linha.
Diferentemente dos 45 minutos iniciais, quando houve um grande equilíbrio entre o Ipitanga e o Bahia, a segunda etapa iniciou-se com a equipe da casa atuando com mais posse de bola, e também chegando com mais freqüência ao ataque. Com os laterais Paulinho e Cícero presos na defesa, o tricolor não conseguia articular as jogadas no meio-de-campo, dando bastante chance para os contra-ataques da “Cenoura Mecânica”.
No lançamento em profundidade, Allyson só conseguiu alcançar o meia Narcísio já dentro da área, quando puxou o jogador do Ipitanga pela camisa, como último recurso para evitar o gol. No pênalti, Paulo César cobrou forte e rasteiro, no canto direito de Márcio, que ainda acertou o lado da cobrança, mas não alcançou a bola.
Nem a entrada de Ernane no lugar do lateral-esquerdo Cícero mudou o panorama da partida, que seguiu sob controle do Ipitanga. Mesmo assim o tricolor ainda criou uma grande chance de marcar, aos 48 minutos, numa bela tabelinha entre Viola e Luís Alberto, mas o meia, que arrancou com a bola desde a linha intermediária, deu azar na conclusão e, da marca do pênalti, acertou o travessão do goleiro David. Não houve tempo para mais nada, e o 2×1 apenas confirmou a boa campanha do Ipitanga, que segue invicto no Baianão, tendo marcado 20 pontos em 24 disputados.
Correio da Bahia (Adaptado)
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