Adaptado da matéria de Nelson Barros Neto publicada no jornal A Tarde desta quarta-feira:
Não precisa olhar para longe para encontrar exemplos da oposição chegando ao poder nos seus clubes. Os casos do Santa Cruz e Paysandu deveriam servir de exemplo para a diretoria do Bahia atender aos apelos da torcida e renunciar.
Santa Cruz e Paysandu foram rebaixados nesse ano de 2006. Enquanto a equipe pernambucana voltou à Série B, o Papão caiu para a Terceirona. A queda dessas equipes coincidiu com eleições presidenciais em ambos os clubes. Com sócios podendo votar, deu oposição, tanto no Santa, como no Paysandu.
O Tricolor de Pernambuco vivia uma situação parecida com o Bahia. “Existia um clamor público no Santa Cruz. A oposição nunca tinha vencido em 92 anos de clube, controlado há 40 anos pelo mesmo grupo político”, conta Edson Nogueira, o Edinho, eleito presidente com 731 votos contra 674 do aversário Alberto Lisboa.
“Um clube como o Santa não pode ser administrado por uma única pessoa, isso acabou. A torcida só serve pra encher estádio?”, indaga, contando sobre os oito meses de salários atrasados dos funcionários, quatro dos jogadores, sete técnicos no ano e 64 contratações realizadas.
No Paysandu, quem venceu foi Miguel Pinho, pertecente a uma chapa contrária a de Artur Tourinho, que dirigia o Paysandu desde 2000. No pleito, realizado em 29 de Novembro, a situação não lançou nenhuma chapa, envergonhada pelo rebaixamento à Série C. Outra derrota de Tourinho aconteceu em Outubro nas urnas, quando não conseguiu se reeleger deputado estadual.
Assim como no Bahia, os telefones do Paysandu estão cortados e as dívidas se amontoam. “São 2 milhões só de salários atrasados, incluindo os que têm sido discutido na Justiça do Trabalho”, fala. As soluções seria diminuir a folha salarial e trabalhar com inteligência. “Além disso, Robgol já nos prometeu jogar de graça em 2007”, finaliza.
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