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Falar do confronto é lembrar do nome de Bechara…

Notícia
Historico
Publicada em 15 de maio de 2004 às 16:06 por Da Redação

Uma das maiores recordações que o torcedor do Bahia tem do duelo contra o Ceará, sem dúvidas, passa por uma partida realizada em 1998, na Fonte Nova, pela Segunda Divisão. Rebaixado no ano anterior, o clube estava disputando o certame pela primeira vez em sua história. E o pior é que fez uma campanha que pode ser perfeitamente enquadrada como ridícula.

Num grupo de seis equipes em quatro se classificavam, o Tricolor conseguiu o feito de ficar na 5ª colocação, quase caindo ao lado do Fluminense-RJ para a Terceirona. Incrível é que o time era considerado por todos como bom, muito melhor – teoricamente – que o atual.

O tal jogo “inesquecível” diante do Vozão aconteceu no dia 24 de setembro, em Salvador, quando a torcida lotou o estádio e em vez de assistir ao esperado triunfo, saiu do Octávio Mangabeira engasgada com o meia alvinegro Bechara. Leia, abaixo, o que o jornal A Tarde publicou na manhã seguinte:

Bahia envergonha torcida ao perder para o Ceará: 2×1

A torcida fez sua parte. Encheu as dependências da Fonte Nova, apesar do borderô registrar apenas 46.219 pagantes, incentivou os jogadores mas terminou deixando o estádio decepcionada, triste e envergonhada com a derrota para o Ceará, por 2×1, de “virada”, na noite de ontem. Esta foi a primeira derrota do tricolor dentro de seus domínios na Série B do Campeonato Brasileiro.

O triunfo sobre o Americano por 4×0, na estréia do técnico Abel Braga, terminou enganando muitos torcedores que estavam crentes de que o time baiano descontaria a goleada aplicada pelos cearenses na primeira fase, por 4×1. Com a nova derrota, o Bahia passou a ser o quinto do Grupo C, com 10 pontos, enquanto o Ceará assumiu a vice-liderança, com 13 pontos. No outro jogo do grupo, o Americano venceu a Tuna Luso por 2×0.

O Bahia passou a ficar em posição de risco, já que terá de enfrentar o Gama, domingo, no Distrito Federal, e fazer o último jogo da fase contra o melhor time do grupo, o XV de Novembro, na Fonte Nova. A festa toda foi programada para um triunfo tricolor, com a torcida recebendo os jogadores com uma grande queima de fogos de artifícios e vaias para o convidado. O Bahia começou empolgado, partindo para o ataque, deixando os cearenses meio confusos, chutando para todo os lados. As chances reais até o gol da equipe baiana, aos 25 minutos, foram escassas, sendo criadas mais na base da motivação.

Gol de Marquinhos

O gol do Bahia aconteceu depois do toque de Bebeto Campos para Sílvio, que se livrou do marcador e passou para a entrada de Marquinhos, que driblou um zagueiro e chutou ante a saída de Gilberto. A resposta do Ceará foi imediata, com Robson chutando forte e forçando Jean a fazer uma grande defesa. Com o placar a seu favor, o Bahia diminuiu o ritmo de jogo, permitindo que o Ceará começasse ousar ir ao ataque com jogadas trabalhadas no toque de bola. Em um lance na intermediária, o meia Bechara bateu forte para a frente tentando um cruzamento e terminou fazendo um belo gol, pois Jean, inadvertidamente, estava adiantado: 1×1 aos 43 minutos.

Na segunda etapa, Robson Luís por pouco não marca logo no primeiro minuto de jogo. A partir daí o goleiro Gilberto passou a ser a figura mais destacada, salvando alguns gols certos do tricolor. Abel Braga fez uma mudança nos primeiros minutos, colocando Juninho no lugar de Axel, visando maior coordenação nas bolas saídas da defesa. Novamente, o goleiro Gilberto salvou o Ceará de sofrer o segundo gol, esforçando-se em demasia para recuperar um chute de Robson Luís.

O Ceará jogava exclusivamente nos contra-ataques. Aos 23 minutos, Bechara mais uma vez calou a torcida tricolor, desta vez marcando um gol olímpico. Jean se esticou todo mas a bola tocou no poste e entrou. O goleiro no final do jogo foi alvo das vaias da torcida, que o considerou culpado pelos gols. O técnico Abel tentou de todas as formas o empate, colocando em campo todos os atacantes disponíveis, retirando de campo defensores. Porém nenhum deles conseguiu levar o time ao empate.

A Justiça do Trabalho ordenou que fosse penhorada a importância de R$53 mil da renda do Bahia para pagamento ao jogador Ângelo, que atuou no tricolor em 95.

FICHA TÉCNICA

Local – Fonte Nova.
Gols – Marquinhos e Bechara (2).
Bahia – Jean, Fábio Baiano (Júnior), Fabão, Nenê e Jorge Luís (Serginho); Bebeto Campos, Axel (Juninho), Marquinhos e Robson Luís; Ueslei e Sílvio. Técnico – Abel Braga.
Ceará – Gilberto, Jaime, Edinho, Jean Marcelo e Rômulo (Robertinho); Chico Montealegre, Gilmar Serafim, Dema e Bechara; Robson (Valber) e Beto (Augusto). Técnico – Arnaldo Lira.
Árbitro – Valdomiro Mathias (PE).
Cartão vermelho – Gilmar Serafim (Ceará).
Renda – R$237.767,50.
Público – 46.219 pagantes
Preliminar – Bahia 4×1 Astro (juvenil)
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