Amigos, pero no mucho. Duas semanas após darem as mãos e avançarem juntos, Bahia e ABC duelam pelo acesso.
Quem mandou ajudar os baianos? Esse é o principal questionamento ouvido nas ruas de Natal, às vésperas do terceiro encontro do Bahia com o ABC em pouco menos de um mês.
No site de relacionamentos Orkut, por exemplo, o torcedor alvinegro André Monteiro é enfático: Não era para termos deixado eles vivos! Quinta-feira venceram o Vila Nova, em Goiânia, e sem dúvida alguma são um dos grandes favoritos ao título.
Reflexão mais do que justa, diga-se. Para quem não se lembra, embora só faça duas semanas, o tricolor deve a sua classificação ao octogonal decisivo da Série C aos abcedistas. Porque de nada valeria tanta comemoração após o sofrido gol de Charles sobre o Fast, aos 50 minutos do segundo tempo, se O Mais Querido não tivesse contribuído na Arena da Floresta.
Mesmo já garantido nas finais, fora de casa e com o time reserva, os potiguares seguraram o ímpeto de um desesperado Rio Branco e arrancaram o 0 a 0. Derrota significaria o fim de qualquer chance azul, vermelha e branca.
Mas a mãozinha do ABC não foi de graça; muito antes pelo contrário. Custou R$ 200 mil, preço da bonificação travestida de mala preta enviada pela diretoria do Bahia aos cartolas do Rio Grande do Norte.
O valor foi confirmado nos bastidores do Fazendão, sede de onde partiu o diretor financeiro do clube, Marco Costa, ao encontro da delegação alvinegra. No Acre.
Agora, catorze dias depois, as equipes se reencontram, a partir das cinco da tarde, e o Esquadrão de Aço como são as coisas… está em melhor situação. Enquanto acumula 100% de aproveitamento na etapa, o adversário estreou perdendo para o Bragantino e não passou de um empate, em Natal, com o Atlético Goianiense.
MUDANÇAS E aí, Arturzinho? Eles realmente nos ajudaram, somos até agradecidos. Mas foram, acima de tudo, profissionais, rebate o técnico, garantindo que se o contexto fosse o contrário, tudo aconteceria de maneira idêntica.
O certo é que, com dívida de gratidão ou não, o Bahia promete ele vai em busca do terceiro triunfo consecutivo no octogonal. Materializando este anseio, bastaria ao time ganhar as seis partidas que lhe faltam, na Fonte Nova, para disputar a Segundona em 2008.
Com isso, chegaria a 27 pontos. No ano passado, para efeito de comparação, o Grêmio Barueri subiu com 23 e o Vitória foi vice-campeão com 25. O título ficou com o Criciúma, dono de 31 pontos.
Esquema que deu certo no Serra Dourada, o ferrolho tricolor continua no apertado Frasqueirão. Uma diferença, porém, salta aos olhos. Graças ao retorno de Carlos Alberto, recuperado de contusão, e da entrada de Ávine na vaga do suspenso Adilson, a formação sairia do ultra-defensivo 5-3-2 para virar o interessante 3-5-2.
A dupla de laterais é bem mais agressiva que os substituídos. O Bahia passaria a ter dois alas, com maior potencial de alcançar a linha de fundo, e Marcone abandonaria o lado direito do campo para assumir a cabeça-de-área, sua posição de origem.
O prata-da-casa se mantém entre os onze devido ao gancho de mais duas rodadas imposto pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), anteontem, ao titular Fausto. Mesmo caso do atacante Nonato, artilheiro da equipe.
Autor de dois gols na última quinta, Moré permanece na frente ao lado de Neto Potiguar. Charles, outra opção para o setor, deixou o gramado machucado. Idem ao zagueiro Alison, cujas chances de ser vetado são grandes, informaram os médicos. Elias segue com a 10.
Matéria publicada originalmente, por esse mesmo autor, na edição deste domingo 21/10/2007 de A Tarde Esporte Clube
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