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Frangaço valeu título: saiba mais sobre o Hepta

Notícia
Historico
Publicada em 28 de setembro de 2009 às 11:08 por Da Redação

Foi no dia 28 de setembro de 1979 que o Esquadrão de Aço levantou pela sétima vez consecutiva o Estadual. O Heptacampeonato até hoje segue inigualável. O último dos sete títulos veio num lance fortuito. Aos 24 minutos do segundo tempo, o atacante Fito recebeu passe de Perez na intermediária e deu um chute despretensioso. A bola era perfeitamente defensável, mas o goleiro Gelson, do arqui-rival Vitória, aceitou. Para delírio da multidão tricolor na Fonte, o gol decretou o triunfo no clássico decisivo, por 1 a 0, na Fonte Nova, e entrou para a história.

Mas a conquista do Hepta não aconteceu somente pelo fator sorte, também por ela, mas, acima de tudo, pela competência e genialidade de jogadores excepcionais, sob o comando de grandes estrategistas. Para o Tricolor, o Hepta teve uma importância fundamental. Além de consolidar o clube com a maior potência do futebol da Bahia, fez sua torcida crescer consideravelmente. A hegemonia de quase uma década influenciou a garotada da época e impulsionou o aumento significativo que faz da Nação Tricolor a maior legião do estado e uma das maiores do país, com mais de 5 milhões de componentes espalhados pelo Brasil hoje.

Estrelas

O Bahia contou com estrelas de primeira grandeza para ser Heptacampeão. O maior deles, talvez, o maestro Douglas, considerado por alguns o maior jogador da história do clube. Também teve papel crucial o meia Baiaco, marcador implacável e símbolo eterno de raça da camisa azul, vermelho e branca. Além dos dois ícones, o autor do gol do título, Fito, e o viril zagueiro Sapatão participaram dos sete campeonatos. Foram os únicos.

Mas não só eles brilharam. Impossível esquecer de Thyrso “Chiquitita”, Uri-Jesum (o entortador de zagueiros), Jorge Campos, Piolho, Mikey, Roberto Rebouças, Ronaldo Passos, Gilson Gênio, Zé Augusto e tantos outros.

Do banco de reservas, as “feras” foram comandadas por cinco exímios estrategistas – Evaristo de Macedo (73), Paulo Emílio (74), Orlando Fantoni (76), Carlos Froyner (77) e Zezé Moreyra, que capitaneou três das sete conquistas – 75, 78 e 79.

A torcida tricolor também teve papel de destaque. Compareceu em massa, como sempre, aos jogos decisivos e, das arquibancadas, seu estímulo foi o combustível que impulsionou o Esquadrão a literalmente arrasar os adversários.

Os números

O resultado da união de grandes talentos, técnicos competentes e a mais fiel gama de torcedores foi simplesmente espetacular. De 73 a 79, o Bahia disputou 228 jogos pelo Estadual, venceu 142, empatou 75 e perdeu apenas 11. Foram 419 gols marcados e 102 sofridos.

O Bahia era praticamente imbatível. Das raríssimas derrotas, apenas três foram por dois gols de diferença. Nenhuma por mais. Em 1975, o time simplesmente não perdeu, foi tri-campeão invicto. A maior invencibilidade foi de 50 jogos, entre 1974 e 1976.

Até fazer gol no Esquadrão do hepta não era moleza. Em 1977, o clube alcançou a extraordinária seqüência de 12 partidas sem sofrer um único golzinho. Em 1978, o feito quase foi alcançado novamente – 11 jogos sem ser vazado.

Mas a especialidade do time era mesmo balançar as redes – 419 gols em sete campeonatos. Em 1976, a artilharia pesada do Tricolor foi quase centenária – 96 gols em 36 jogos e a maior goleada do hepta – 9 a 0 sobre o Leônico.

Rival sofre

Sem dúvida, o Vitória foi o time que mais sofreu com a seqüência histórica do Tricolor. Motivos não faltaram. O Bahia fez o Leão amargar um jejum de sete anos sem título. O rubro-negro foi quem mais jogou e mais perdeu para o Esquadrão do Hepta – 12 derrotas.

Das sete decisões, o Vitória foi a vítima em cinco. O histórico rival teve ainda derrotas memoráveis. Além da final que valeu o Hepta, em 79, o rubro-negro perdeu o título de 75 com um gol de Thyrso, nos acréscimos do segundo tempo. Para piorar, em 9 de julho de 78, levou 4 a 0 – a maior goleada de um Bavi em 30 anos até então.

O jogo do hepta

BAHIA 1×0 VITÓRIA

28 de setembro de 1979

Local – Fonte Nova

Público – 42.533 pagantes

Arbitragem – Arnaldo Cézar Coelho

Auxiliares – Arivaldo Magalhães e Paulo Celso Bandeira

Gol – Fito Neves, aos 24 do segundo tempo.

BAHIA – Luis Antonio, Toninho, Zé Augusto, Sapatão e Romero (Edmilson), Baiaco, Perez, Douglas, Botelho, Gilson Gênio (Fito) e Caio. Técnico – Zezé Moreira

Vitória – Gelson, Valder, Xaxa, Zé Preto, Eraldo, Otávio Souto, Edson Silva, Sena, Dendê (Carlinhos), Jorge Campos (Zé Júlio) e Monteiro

Site Oficial – 28/09/2004

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