De Daniela Leone, no jornal Correio* deste sábado:
`Ele tem asas tatuadas nas costas e quer voar no clássico das 16h pra conquistar a torcida tricolor. Gerley está no Bahia há três semanas e encontrou caminho livre para vestir a camisa 6.
Ainda não encantou, mas já se encantou. A torcida é muito bonita. No ano passado, pelo Palmeiras, joguei contra aqui e cheguei a me arrepiar após o hino quando desligou o som e vi todo mundo cantando. É um sonho me tornar um ídolo aqui, vislumbra.
Gerley será o único estreante entre os tricolores em campo no Barradão. Seu primeiro Ba-Vi será logo uma final e na casa do adversário. Nada que intimide o lateral-esquerdo de 21 anos. Clássico é clássico. É na raça, na vontade e gera um ânimo a mais, ainda mais em uma final.
Esse não será o primeiro clássico de Gerley. No ano passado, quando defendia o Palmeiras, enfrentou São Paulo e Corinthians no Brasileiro. Mesmo assim, não esconde a ansiedade pra jogar o Ba-Vi. Me falaram que é muito pior que Palmeiras x Corinthians.
E já que é assim, ficou ligado no jogo de quarta-feira, quando o Vitória empatou por 1×1 com o Botafogo pela Copa do Brasil. É bom saber do adversário. Os laterais são correria.
Mais um motivo pra fazer as asas baterem forte. A tatuagem nas costas é uma homenagem à família e foi feita às escondidas há três anos. Quis colocar asas de anjos pra proteger a minha família, explica. As iniciais GNW representam o pai Gelsé, a mãe Neide e o irmão Wesley. Primeiro minha mãe quis arrancar com faca, mas depois gostou um monte, diverte-se. Além dessa, ele tem outras quatro tatuagens espalhadas pelo corpo.
Gerley quer ganhar moral com a torcida, mas também aproveitar os clássicos para se firmar na lateral esquerda do Bahia. Afinal, sabe que vai disputar posição com Ávine no Brasileirão. Já ouvi falar muito dele e sei que a torcida tem um carinho enorme por ele. Quero uma luta sadia pelo espaço no grupo e com a torcida.
Apesar de morar a poucos metros da praia de Vilas do Atlântico, Gerley ainda não conhecia o litoral baiano. A convite da reportagem, pisou pela primeira vez nas areias da Bahia. Nessa reta final do estadual, ele só gasta energia para treinar e brincar com a cadela Akira, uma labrador de apenas seis meses.
ENGANO
Desde que chegou a Salvador, tudo tem sido muito corrido para o lateral tricolor. Ele assumiu a camisa 6 de bate-pronto e disputou as semifinais do Baiano.
Entre um jogo e outro, enfrentou a Portuguesa pela Copa do Brasil. Ainda não balançou a rede, mas já comemorou um gol por engano. No jogo contra o Vitória da Conquista, chutei forte e saí comemorando achando que tinha sido gol, até olhar pro juiz, diverte-se.`
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