Declarações do goleiro Nadinho, titular da conquista do primeiro título Brasileiro do Bahia, em 1959, são destaque na edição desta quarta-feira do jornal Correio. Segunda-feira, dia 29, o feito completa 50 anos, pois a final da competição foi disputada no ano seguinte, 1960. A matéria é assinada pelo repórter Marcelo Santana.
“O sujeito jogava com amor à camisa, com amor à torcida. Ao entrar, eu dizia: Esta torcida não pode sair hoje daqui envergonhada. Ela tem que sair felicíssima. Entrava e dava tudo de mim pela torcida por causa da torcida”, diz Nadinho, que via colegas pararem na boca do túnel pra admirar o público antes do time dar show.
Para o ex-goleiro, nascido dia 24 de agosto de 1930, “o forte daquele Bahia era que todo mundo amava o Bahia. Era uma irmandade. Vamos jogar hoje e ninguém perde, hein!”, imita a voz, como lembrando a preleção. “É como um menino de 10, 12 anos, que somente depois vai aprender que tem negócio, dinheiro… É como time de rua, pau para lá e para cá”.
Do contrário apanha na rua e em casa. “Verdade. Chegava em casa depois do almoço, eu tomava sopapozinho. Porque tá chegando tão tarde?”, fala, fazendo mais uma imitação. “A gente botava a alma para o parceiro não ficar mangando. O Bahia se glorificou pela corrente entre um jogador e o outro”. Lamento, só um. Nadinho queria mais. “Nós não fomos bicampeões ou tricampeões brasileiros porque você sabe como é time pequeno… Se o jogador for bom, nego vende logo. Saiu logo Alencar, Leone, saiu também Vicente. Quebrou toda a alma”.
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