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Governo oficializa futuro do Octávio Mangabeira

Notícia
Historico
Publicada em 30 de setembro de 2008 às 23:43 por Da Redação

De Nelson Barros Neto, no jornal A Tarde:

Nove da manhã. A entrevista coletiva que anunciaria a escolha do novo projeto para a Fonte Nova ainda demoraria 26 minutos para começar, mas a situação já chamava a atenção. Duas imagens projetadas nas paredes do auditório da Secretaria de Esporte, no CAB, mostravam o futuro estádio aos presentes. O resultado, no entanto, já havia sido antecipado.

CONFORME ANTECIPADO – “Culpa” da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que, na véspera, vazou indiretamente a informação –, a candidatura de Salvador escolheu a proposta da empresa paulista Setepla de olho na Copa do Mundo de 2014. A segunda mais barata (R$ 231 milhões só para a arena), a terceira em capacidade (55 mil espectadores) e a que previa o menor número de vagas para estacionamento (apenas 2.750).

O ás na manga, entretanto, foi mesmo a “experiência de sucesso” da parceira, a alemã Schulitz + Partner Architekten, na Copa realizada naquela país, em 2006. E o remodelado Estádio de Hanover possui uma série de semelhanças com o interditado Octávio Mangabeira, não cansaram de lembrar os representantes baianos. “Além de também ser inaugurado na década de 50, sofreu igualmente uma segunda intervenção na de 70 e, agora, se modernizou”, lembrou o secretário Nilton Vasoncelos.

O próximo passo será a entrega do “anteprojeto básico da Setepla”, no dia 15 de janeiro do ano que vem. Arquiteto responsável da companhia, Marc Duwe admitiu, no início da tarde, já ter recebido um ofício com a confirmação. Ainda nesta quarta-feira, dia 1º, virá de São Paulo para uma reunião.

FUTURO – Em 15 de março, a Fifa promete divulgar, na Suíça, as 10 ou 12 subsedes nacionais. Em 31 de julho, passarão a ocorrer as primeiras licitações. Em 30 de novembro, elas deverão acabar, para começarem as obras no dia seguinte.

A questão é que somente se estabeleceu o que será do estádio. A situação do entorno segue dependendo de definição.

“Aguardamos a conclusão de um estudo de geomarketing, porque o local precisará ter auto-sustentabilidade para se manter. Analisaremos aspectos pendentes e ainda revisitaremos as outras propostas”, acrescentou, confiante, Vasconcelos.

Como se não bastasse, a comitiva estadual deposita muitas de suas fichas em obras que permanecem no papel, à margem, inclusive, do que acontecer nas futuras eleições. Exemplo é o Hospital do Subúrbio, um dos listados para atender eventuais problemas de atletas. Assim como a construção de 4.218 novos leitos de hotéis até 2014.

E o que dizer do metrô saindo da região do aeroporto, graças “ao transporte intermodal”? Da implantação de uma rede digital pública englobando toda a cidade, com Internet sem cabo? E da utilização do Fazendão, do Bahia, e do Parque Santiago, do Galícia, além de Pituaçu e Barradão, para treinamentos das seleções?

A Fifa já teria reservado acomodações aqui, segundo contou a comitiva baiana. Salvador é tida como certa na Copa. Mas é bom não bobear. Mesmo.

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