Estariam equipes como Grêmio, Inter, Palmeiras, Barcelona e Manchester United erradas, na contramão da história, ou seria o Bahia, que mesmo em estado pré-falimentar faz questão de impedir o acesso da torcida? Confira texto do site oficial gremista, para o torcedor tricolor morrer de inveja:
Quadruplicar o número de sócios do clube em apenas um ano de trabalho. Esse foi o saldo do Quadro Social do Grêmio ao longo de 2005. Fora da disputa da Série A do Campeonato Brasileiro e com poucos atrativos para arregimentar novos associados, o Grêmio apostou na paixão da sua torcida. Com apurado trabalho de marketing e apostando no apoio irrestrito do torcedor durante a campanha da Série B, o Quadro Social elevou o número de associados de quatro para mais de dezoito mil.
O diretor do Quadro Social gremista, Sérgio Bombassaro, afirma que a intenção é associar permanentemente os torcedores, fortalecendo o clube no aspecto financeiro e no retorno moral que os sócios proporcionam. Bombassaro relembra as partidas decisivas da Série B 2005, quando mais de 40 mil torcedores (quase 15 mil sócios) lotavam as arquibancadas do Estádio Olímpico para apoiar a equipe Tricolor.
Para o ano de 2006, além da manutenção e ampliação do número de associados, as estratégias propostas por Bombassaro e sua equipe passam pela intensificação do marketing de relacionamento com o sócio, através de benefícios e promoções exclusivas. O diretor explica que a cada partida do Grêmio, dez sócios sorteados terão direito a assistir ao jogo dos camarotes do Estádio Olímpico e outros serão contemplados com camisas oficiais do Clube. Um e-mail contendo as principais informações do jogo também será enviado antes de cada confronto Tricolor.
Os números levantados pela coordenadora executiva do Quadro Social, Márcia Bortolon, apontam mais de 400 novos sócios neste início de ano, totalizando 18.500 associados em dia com o Grêmio.
Clubes europeus são modelos a serem seguidos
O sonho de contar com mais de 100 mil sócios, como é o caso dos grandes clubes do Velho Continente, parece bastante distante da realidade do futebol brasileiro. No entanto, o modelo adotado pelos gigantes europeus – caso do Barcelona, do Real Madrid e do Manchester United – pode ajudar o Grêmio a modernizar sua estrutura de atendimento aos sócios.
No início do segundo semestre de 2005, o Quadro Social enviou um assessor à Catalunha, para analisar e trocar informações com o quadro social do maior clube do planeta. As comparações feitas com o trabalho realizado no Barcelona trouxeram novas idéias para departamento gremista, que pretende iniciar alguns trabalhos de modernização da infra-estrutura e melhoria do atendimento ao associado.
Boa parte da renda do Barcelona é proveniente do seu sócio. Os torcedores do clube fazem questão de não contar com patrocínios na camisa azul-grená, mas, em compensação, lotam as arquibancadas do Camp Nou a cada partida da equipe. É claro que a realidade econômica e o sentimento separatista dos catalães colaboram para que o Barcelona mantenha permanentemente mais de 110 mil associados, mas a estrutura impecável do clube é a principal responsável pelo sucesso.
Meta para 2006 é chegar aos 30 mil sócios
Foi na metade da década de setenta que o Grêmio teve o seu maior número de associados em todos os tempos. As vendas de títulos patrimoniais realizadas nos anos de 1975 a 1977 arregimentou em torno de 30 mil sócios para o clube. Mauro Rosito, que participou da campanha há 30 anos e hoje é coordenador excutivo financeiro do clube, disse que é muito difícil fazer com que o sócio mantenha-se em dia com as mensalidades. Rosito aponta ainda a campanha “Sócio 80 anos”, realizada em 1983, como sucesso do Quadro Social. Na época, embalado pelo aniversário do clube e pela campanha vitoriosa da Libertadores da América e do Mundial Interclubes, o clube registrou mais de 22 mil associados.
Sérgio Bombassaro acredita que até o final do ano o número de sócios possa chegar a 30 mil. “Se chegarmos aos 30 mil sócios, poderemos ajudar a manter a folha de pagamento em dia”, analisa o diretor.
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