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Guilherme detona cartolagem tricolor em entrevista

Notícia
Historico
Publicada em 5 de fevereiro de 2007 às 12:37 por Da Redação

O “Pingue-pongue” abaixo foi publicado na edição deste domingo do Correio da Bahia. Na conversa com o repórter José Carlos Mesquita, o ex-volante tricolor Guilherme, hoje no Vitória, diz que a estrutura rubro-negra é melhor, que nunca havia ficado sem receber salário como no Fazendão e que acredita ter sido “ferrado” pelo departamento jurídico do clube. Confira:

Você não fica angustiado por não estar podendo jogar?
É lógico que a angústia é muito grande, porque o jogador é contratado para prestar serviço ao clube. Claro que estou ansioso para buscar a titularidade no Vitória. Felizmente, já estou na fase final da recuperação na panturrilha e voltei a treinar com bola sexta-feira. É lamentável, mas contusão é normal no esporte, principalmente no futebol.

Como ocorreu esse problema até certo ponto grave?
Essa contusão aconteceu nos dois jogos finais do Brasileiro da Série C do ano passado, contra o Brasil-RS e o Criciúma-SC, quando tive uma virose. Durante as férias, fiz o tratamento, mas ao chegar ao Vitória, me contundi. Infelizmente, faz parte da carreira da gente e agora é pedir a Deus para não haver mais nenhuma lesão.

Houve negligência?
Quando me apresentei ao Vitória tinha o intuito de mostrar serviço e ficar logo à disposição do “professor” Mauro Fernandes para brigar pelo meu espaço. Em particular, confesso que fui o errado de tudo. Ninguém espera contusão, mas acontece. Tenho agora é que tratar e voltar sem problema às atividades.

Como se deu a sua saída do Bahia?
A minha saída foi tranqüila. O Vitória abriu as portas para mim, devido ao que apresentei no adversário. Infelizmente, não foi um ano bom para o Bahia, que não conseguiu o acesso. Pra mim, sinceramente, ocorreu tudo bem, tanto que fui reconhecido até pela sua torcida. Sinto-me feliz porque vim para uma grande equipe, que é o Vitória. A torcida me recebeu muito bem, a exemplo da diretoria, comissão técnica, jogadores e demais funcionários. Agora é seguir a minha carreira. Sou profissional e vim na transação de Leandro Domingues (o Vitória vendeu 50% do seu atestado federativo e teve ainda alguns jogadores cedidos pelo clube mineiro, inclusive Guilherme). Fiz contrato de um ano com o Vitória.

Interessante é que esse acerto com o Vitória aconteceu antes de terminar o Brasileiro. Você confirma?
A imprensa passou a veicular o interesse do Vitória na minha contratação, mas eu não mudei o meu jeito de jogar e a minha força de vontade dentro de campo para não interferir nos resultados dos jogos, se o Bahia subiria ou não. Enfim, continuei o mesmo. A minha vinda para o Vitória deveu-se mais à ida de Leandro Domingues para o Cruzeiro. O importante é que fui bem recebido, estou numa grande equipe e sinto-me muito feliz.

Como foi o acerto final com o Bahia. Você ainda tem a receber por lá?
Fiquei sem receber os meses de outubro e novembro e o 13º mês proporcional. O Bahia me deu três promissórias para janeiro, fevereiro e março e abri mão do mês de dezembro, porque achava que não era justo receber se não trabalhei. Agora é pedir a Deus para que eu venha a ser pago, porque sempre fui honesto e sempre trabalhei com lealdade para que as coisas aconteçam pelo lado bom. É de lei do ser humano trabalhar para ganhar.

Você já enfrentou essa situação de trabalhar e não receber?
Não, porque sempre fui bem recompensado no Cruzeiro. Tenho contrato lá desde 2000 e nunca passei por isso. Espero que nunca mais aconteça na minha vida, aliás na de nenhum jogador. É ruim para qualquer empresa ficar devendo aos seus funcionários. Os clubes devem pagar em dia os seus funcionários. Quando isso acontece, acaba tudo dando certo. Os fluidos são sempre positivos. O Vitória é um grande exemplo.

Antes do Vitória algum clube manifestou interesse em sua contratação?
Fui muito feliz no ano passado jogando pelo Bahia e, em conseqüência, existiram clubes interessados na minha contratação. Entretanto, o Cruzeiro assumiu o compromisso com o Vitória, devido à transação envolvendo Leandro Domingues. Só falta agora ganhar o meu espaço para ajudar a equipe nessa caminhada para reconquistar o Campeonato Baiano, fazer boa campanha na Copa do Brasil e subir para a Série A.

Você hoje enfrenta uma pendência judicial, pois foi julgado à revelia no ano passado e punido por 120 dias. O que passa pela sua cabeça. Será que houve falta de interesse na sua defesa por parte do Bahia?
Essa situação me pegou de surpresa. Foi num jogo contra o Vitória pelo Campeonato Baiano realizado no Barradão (Vitória 0x1 Bahia, no dia 21 de maio), quando fui expulso (o árbitro foi Fernando Andrade Santana). Fui tranqüilo para casa, comemorando até o resultado, porque o Bahia quebrou uma invencibilidade de oito anos que não vencia o Vitória no Barradão, certo que o clube faria a minha defesa quando fosse julgado. Mas isso não veio a acontecer, porque eles não foram me defender no dia do julgamento no Tribunal da Federação Bahiana de Futebol e acabei sendo julgado à revelia, pegando pena de quatro meses. Estou até hoje chateado porque não se faz isso. Eles não ligaram, deixaram que eu me ferrasse. Minha situação está bem entregue ao departamento jurídico do Vitória para reverter o quadro e o julgamento vai ser nessa segunda-feira.

Na sua opinião, houve má fé do pessoal do Bahia com o intuito de lhe prejudicar, pois o clube já sabia que não renovaria o seu contrato?
Deve ser por causa da rivalidade entre Bahia e Vitória!!!.. Eu não posso julgar o pessoal do Bahia, mas aconteceu e deixo nas mãos de Deus que ele sabe o que fazer. Tenho certeza que o Vitória vai me livrar dessa pena.

Há quase um mês no Vitória, existe muita diferença em relação ao rival tricolor?
Sim. Aqui no Vitória há uma estrutura de trabalho de primeira divisão. As pessoas estão sempre alegres e a diretoria procura oferecer o que é de melhor para o atleta. Ainda não joguei, mas conto com o apoio dos torcedores rubro-negros, sempre que sou reconhecido na rua. Isso é muito gratificante. Nada a reclamar do Vitória e sim muitos elogios aos dirigentes, companheiros e comissão técnica. Os fluidos estão sendo sempre positivos.

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