De Ricardo Palmeira, no jornal A Tarde deste domingo:
`Já faz tempo que ele trocou os uniformes de jogo pelos ternos de administrador público. Contudo, por dentro da austera imagem de Superintendente dos Desportos do Estado da Bahia, a alma e o coração tricolor permanecem intactos. E basta Bahia e Internacional voltarem a se enfrentar para a figura deste ídolo ser lembrada de novo.
Hoje, às 18h30, pelo Brasileirão, o tricolor recebe o Colorado em Pituaçu. Jogo este que automaticamente remete à final do campeonato de 1988.
Falar naquela final é falar de Bobô. Hoje à noite, o ex-jogador será apenas mais um torcedor acompanhando o Esquadrão, e mesmo assim, com a moral de quem foi o herói na conquista do título mais importante da história do Bahia, dá dicas de como superar o forte Internacional.
É preciso jogar com muita consciência. Não adianta querer ganhar só no grito da torcida. O Inter é um time qualificado, que sabe aliar técnica e força. Espero que o Bahia saiba usar a sua melhor arma, o contra-ataque. É uma válvula de escape que pode funcionar, pois o Bahia é um time muito rápido, diz.
Para Bobô, apesar de ainda não ser possível falar em um novo título brasileiro, o Esquadrão de 2011 tem tudo, hoje, para dar uma alegria semelhante à de 1988 e bater novamente o Internacional. O Bahia é favorito. Não só pela fase difícil que atravessa o Inter, mas também por jogar em casa e ter um time muito bom, afirma o craque, que só tenta se esquivar de uma resposta quando é perguntado sobre quem pode ser o Bobô desta noite.
Já fui jogador e sei o quanto pesa ter uma grande responsabilidade. Não quero transmiti-la à ninguém. Mas se tivesse que apostar em alguém para decidir o jogo de hoje, apostaria em Jobson, Ávine ou Carlos Alberto. São três grandes jogadores. O Jobson mesmo tem potencial para jogar na Seleção, avalia. Agora, para mim, o maior e mais regular craque do Bahia é a torcida. Essa nunca falha. É estádio lotado todo jogo, emenda.
Coração tricolor
Basta falar da torcida para o coração de Bobô se emocionar. Os quatro títulos (três baianos e um brasileiro) obtidos em cinco anos (1986-89 e 1995-97) como profissional do clube são mais do que suficientes para que ele seja reverenciado onde quer que vá.
Comecei a amar o Bahia no primeiro dia que pisei na Fonte Nova com a camisa do time. É um clube apaixonante, diz. O Brasileiro de 1988, nem que eu quisesse, conseguiria esquecer. Aonde eu vou, aparece um torcedor para me lembrar dele, complementa.
E é justamente baseado neste calor humano que Bobô manda aquele que considera o seu recado mais importante. A torcida do Bahia é impressionante. Quem veste esta camisa tem de ter a dimensão da grandeza que ela representa. Nós, em 1988, sabíamos disso e por isso vencemos aquela final. Agora, esta nova geração tem este compromisso: continuar dignificando o clube e dar uma resposta de gratidão à torcida, finaliza.
Ávine, Jobson, Carlos Alberto & Cia: agora é com vocês!`.
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