De Elton Serra, para o seu novo blog, o iBahia FC:
“Líderes do segundo turno do Campeonato Brasileiro, Bahia e Fluminense medirão forças nesta quarta-feira, em Pituaçu. Confronto recheado de tradição e que carrega paralelos históricos que envolvem dois dos tricolores mais tradicionais do país.
Obviamente que, quando se fala em história, vem imediatamente na cabeça do torcedor os dois confrontos pela semifinal Campeonato Brasileiro de 1988. Um dos favoritos ao título, o time carioca vinha de um 3 a 0 contra o Esquadrão na primeira fase, mas sucumbiu ao bom futebol dos baianos comandados por Evaristo de Macedo. E, registre-se: o jogo na Fonte Nova, dia 12 de fevereiro de 1989, detém o maior público da história do futebol baiano: 110.438 torcedores contabilizados oficialmente. O fim da história você já conhece.
Porém, é num jogo bem mais modesto, e talvez com uma importância inversamente proporcional, que traço um paralelo. No dia 9 de outubro de 1996 (portanto, hoje completam-se 16 anos), o tricolor baiano entrava em campo no acanhado estádio das Laranjeiras para encarar o Fluminense, em partida válida pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Bahia, comandado por Fito Neves, era o 21º colocado dentre 24 clubes, com 11 pontos. Já o Flu, em situação similar, ocupava uma posição acima, com um ponto a mais.
No final das contas, após um jogo de duas expulsões (Charles Guerreiro pelo Fluminense e Parreira pelo Bahia) e pouca emoção, baianos e cariocas ficaram no 1 a 1. Talvez, um empate comemorado pelo Bahia ao final do campeonato, já que conseguiu escapar do rebaixamento com 23 pontos um a mais que o Fluminense, que terminou em penúltimo lugar e na zona da degola. Só não disputou a segunda divisão do ano seguinte devido a uma sórdida virada de mesa, tendo como pano de fundo o Escândalo Ivens Mendes.
Entre um 10 de outubro e outro, Fluminense e Bahia chegaram ao fundo do poço e disputaram a terceira divisão nacional o time azul, vermelho e branco um tempo depois, diga-se. Ambos contaram com uma virada de mesa para disputar a Copa João Havelange de 2000. Mas, o clube carioca se reergueu, conquistou uma Copa do Brasil, um Brasileirão, chegou à final de Libertadores e Sul-Americana. O Esquadrão viveu crises piores e, em 2012, vive seu melhor momento desde aquele insosso confronto de 16 anos atrás.
As duas equipes querem esquecer o passado manchado por alguns insucessos, sobretudo na década de 90, e focar nos bons momentos da temporada. Talvez, assim como naquele 10 de outubro de 1996, um novo empate deixe as equipes frustradas. Mas, no final do ano, novamente, um dos dois poderão valorizar o possível ponto conquistado em Pituaçu nesta quarta-feira.
Curiosidade: Em toda a história, são 54 jogos entre Bahia e Fluminense, com 11 triunfos baianos, 18 empates e 25 vitórias cariocas. O Bahia marcou 49 gols e sofreu 76. Para os supersticiosos, 10 desses confrontos aconteceram no mês de outubro, e o Tricolor de Aço venceu 4, empatou outros 4 e perdeu 2. No dia 4/10/1990, aplicou o que seria a sua última maior última goleada visitante na Série A, quando bateu o Fluminense por 4 a 1, nas Laranjeiras. A marca se manteve até este ano, na partida contra o Vasco, em São Januário, na qual o Bahia venceu por 4 a 0.”
Clique aqui e saiba tudo sobre o Brasileirão 2012
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.