Domingo, estarei aqui de novo… Há quanto tempo você, torcedor tricolor, não materializa o verso final da famosa canção Bahia Campeão dos Campeões? A resposta 6 de maio de 2007 remonta três meses atrás, quando o time de Arturzinho empatou em 2 a 2 com o Atlético de Alagoinhas e se despediu do título estadual.
Ao todo, já são onze domingos sem Fonte Nova. Saudade que será o principal combustível do jogo desta tarde, contra o Confiança, pela última rodada da primeira fase da Série C.
É bem verdade que neste intertício a equipe venceu o Fluminense de Feira, 3 a 1, na decisão da Taça Estado da Bahia. Mas, naquele 21 de junho, uma quarta à noite, menos de 1.500 compareceram a uma partida sem qualquer apelo popular.
Fanática, beirando o fundamentalismo religioso, a massa azul, vermelha e branca parece não se importar se o clube já está classificado numa etapa inicial de Terceira Divisão. Até as 13h45 de ontem, mais de 10 mil bilhetes haviam sido vendidos. O que já significa o recorde de público do certame, que pertencia a Joinville/SC 1×0 Caxias/RS (8.532 pagantes).
NOTA DEZ Como se não bastasse, o embate diante dos sergipanos ainda conta com outras atrações. Será a estréia do novo uniforme tricolor, do sistema de ingressos e do projeto de marketing da diretoria. Curiosa, vendo no máximo os melhores momentos dos cinco duelos anteriores, a torcida quer conferir como anda o desempenho do clube de melhor campanha entre os 64 participantes do campeonato. E que ainda, a despeito da fragilidade dos adversários, não sofreu nenhum golzinho sequer. Algo inédito desde 1991.
Além disso, haverá Ba-Vi de juniores na preliminar, possibilidade de Nonato entrar no rol dos dez maiores artilheiros da história do clube (está a duas bolas na rede de Izaltino, ídolo na década de 1950) e previsão de sol, após um início de semana de temporal em Salvador. Líder da maior organizada do Esquadrão de Aço, Jorge Santana promete uma festa daquelas.
Concentração às 15 horas e a tradicional subida às arquibancadas, logo em seguida. Vamos com faixas, bandeiras, muitos fogos na entrada do Bahia, sinalizadores, bolas, papel picado, bateria nota dez e, inclusive, músicas novas, antecipa.
CAMPEÃO Até a presença do capitão do Confiança, o volante Lima Sergipano, é uma razão a mais para o torcedor enfrentar as deficiências do estádio e ir ao Octávio Mangabeira. Quase lenda numa outra época de vacas magras, meados dos anos 90, o Canhão do Fazendão é uma das armas azulinas no confronto que também vale o título de campeão do Grupo 7. Quem conquistá-lo deve formar com Nacional/PB, Atlético/PB e Atlético/BA ou Linhares/ES o próximo quadrangular.
O chamado Dragão do Bairro Industrial joga com três zagueiros oscilando para um esquema 3-6-1. Na frente, Nino e Rogério se revezam para armar a dupla de ataque com Guga. Na defesa, o beque Rodrigo debuta e o ala esquerdo Daniel retorna de suspensão.
Pelo lado anfitrião, são cinco mudanças em relação ao 4 a 0 em cima do ASA, na cidade alagoana de Arapiraca. Destaque para a volta do meia Cléber, recuperado de contusão. Como ambos são canhotos, ele e Danilo Rios vão trocar de lado durante os 90 minutos. Também ganharam vaga o beque Cléber Carioca, o lateral Carlos Alberto, o volante Humberto e o atacante Moré.
Matéria publicada originalmente, por esse mesmo autor, na edição deste domingo 05/08/2007 do suplemento A Tarde Esporte Clube
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