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Adeus, Luiz Osório Villas-Boas

Notícia
Historico
Publicada em 20 de outubro de 2007 às 10:45 por Da Redação

Por Nestor Mendes Jr.:

“O Esporte Clube Bahia perde mais uma. E, dessa vez, uma perda que não se recupera. Não há prorrogação. O Juiz Supremo não concede nenhum minuto a mais, além do tempo regulamentar.

O Bahia perde Luiz Osório Villas-Boas de Mendonça, médico, esposo, pai, irmão, amigo e, sobretudo, um apaixonado pelo Esquadrão de Aço.

Parte da sua vida ele dedicou ao clube: como jogador – um excelente ponta-esquerda na década de 60–, como médico e como dirigente. Foi um abnegado na acepção mais digna da palavra. Sobrinho do mítico Osório Villas-Boas – o grande cartola tricolor das décadas de 50, 60 e 70, que arrancou do poderoso Santos o título de 1º Campeão Brasileiro, em 1959 –, Luiz Osório esteve, chefiando o Departamento Médico, na equipe comandada por Evaristo de Macedo que levantou o título brasileiro de 1988.

Ortopedista, proprietário da clínica Orto, em Brotas, Luiz Osório, nascido em 2 de agosto de 1944, cuidou de uma lista infindável de jogadores do Bahia durante os mais de 15 anos em que dedicou sua ciência e sua paixão ao pavilhão das três cores, depois de pendurar as chuteiras e se formar em Medicina, em 1972. Era um amor tão grande que chegou mesmo a converter seu pai, Aldo Mendonça, um ex-dirigente do remo rubro-negro.

Além da Medicina e do Bahia, dividia seu amor com os pais – Aldo e Celina; sua mulher, Sandra Badaró; seus filhos, Marcelo, Marcos e Tatiana; e com os seus amigos. “Era o amigo que todos queriam ter: simples, sincero, solidário”, diz Fernando Jorge Carneiro, companheiro de babas no Bahiano de Tênis, na Associação Atlética, no Bogari, em São Tomé de Paripe.

Nos últimos anos, Luiz Osório vivia triste. Sofria com os dissabores, as humilhações e a decadência do grande clube que aprendera a amar e, que, depois, ajudaria a construir. Companheiro de primeira hora do Movimento Unidade Tricolor, vivia em busca de respostas que nenhum de nós sabia lhe dar: “Como um clube, com toda essa grandeza, pode estar nos porões do futebol brasileiro?”.

Em outra dimensão da peleja, tenha certeza, Luiz Osório, que continuaremos a luta para devolver o Bahia aos seus tempos de glórias: títulos que você ajudou a tecer.

Luiz Osório deixa, hoje, aos 63 anos, as arquibancadas da Fonte Nova. Sai da vida e entra, eternamente, na história – não da 3ª Divisão – mas do grande esquadrão, o Esporte Clube Bahia”.

Luiz Osório faleceu na manhã desta sexta-feira (19), em Salvador, acometido de um derrame cerebral ocorrido no interior da clínica onde fazia atendimento

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