De Cecílio Angelico, no Correio* desta quarta:
“José Róbson do Nascimento talvez passe despercebido tanto na Bahia como no Pará, mas é só chamar por Robgol que as torcidas de Bahia e Paysandu fazem a maior festa. Como Bahia, ele participou da campanha do último título conquistado pelo tricolor, o Campeonato do Nordeste, em 2002.
Quem não lembra daquele trio formado por Robgol, Sérgio Alves e Nonato? Quando voltou a vestir o azul paraense, teve o privilégio de disputar a Libertadores e ser vice-artilheiro do Brasileiro. Nesta quarta à noite, no confronto entre os ex-clubes pela Copa do Brasil, no Mangueirão, Rogbol vai estar com o coração apertado e na torcida.
Mas, para quem? Estou com o coração dividido. Todo mundo sabe que torço para os dois. É amor mesmo, coisa que vem do coração. Só que eu moro em Belém, convivo o dia a dia do Paysandu e sou conselheiro do clube, né?. Uma coisa é certa: Robgol está doido para visitar Salvador. “Espero que tenha um segundo jogo para que possa ir pra aí, ver a torcida do Bahia de perto mais uma vez e cumprimentar os funcionários do clube, diz.
Carinho – O atacante não consegue esquecer os bons momentos que viveu nos clubes em que ganhou destaque. Tive reconhecimento em nível nacional nos dois. Claro que pelo Paysandu pude disputar uma Libertadores, e isso marcou muito minha vida. No Bahia, tive o prazer de jogar duas séries A. De sentimento foram duas passagens que vão marcar pelo resto da minha vida, declara.
No tricolor, viveu uma trinca vitoriosa ao lado de Sérgio Alves e Nonato. E haja história pra contar. O doutor Paulo (Maracajá) me ligou e perguntou o que achava da contratação do Sérgio. Disse que era uma boa, tínhamos jogados juntos no ABC e fizemos gol pra caramba. Só que no início teve alguns problemas com o Nonato, que ficava no banco e brabo. Graças a Deus, Bobô encaixou os três e resolveu tudo, relembra.
E foi justamente o companheiro Sérgio que fez o gol mais bonito que viu na vida. Pedalada de bicicleta, contra o Fortaleza, no Nordestão de 2002. Inesquecível para quem estava na Fonte Nova. Em toda minha vida nunca tinha visto um gol tão lindo. E foi cruzamento meu, de três dedos. Engraçado era que o treinador deles era o Ferdinando Teixeira, que tinha treinado a gente no ABC. Ele me olhou com espanto na comemoração, fala.
Engravatado – Em 2007, Robgol trocou as chuteiras pelo paletó e gravata ao se eleger deputado estadual pelo Pará. O jogador gostou da novidade. É uma função boa. Você pode ajudar muita gente. No ano passado, não conseguiu seguir na Assembleia. A meta agora do goleador é se eleger em outro cargo. Quero ser presidente do Paysandu daqui a dois anos. O projeto é esse. Alguém duvida?”
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