Acredite se quiser, mas se o Bahia vencer o clássico desta tarde vai quebrar um tabu que já está prestes a completar 14 anos. Ao longo de todo este período, o time nunca conseguiu ganhar dois Ba-Vis consecutivos em Estaduais.
A seqüência até chegou a ser alcançada duas vezes, mas em partidas de campeonatos diferentes. Primeiro, na virada do Brasileirão de 2000 para o Baiano da temporada posterior; e, finalmente, em 2006, no insuficiente 1 a 0 da decisão caseira (aquela do gol do zagueiro Laerte) para os 2 a 1, dentro do Barradão, pelo octogonal final da Série C.
Elias e Ednei marcaram, o goleiro Darci pegou um pênalti e só aos 33 minutos do segundo tempo o rubro-negro diminuiu, através do camisa 4 Sandro. Triunfos um atrás do outro em Estaduais, porém, não acontecem desde o certame de 1994, o do famoso gol do atacante Raudinei.
Na oportunidade, depois de perder quatro dos cinco primeiros Ba-Vis da competição (marcada por incríveis 12 clássicos, recorde na história do confronto, para regozijo do bolso dos cartolas), o Esquadrão enfileirou cinco resultados postivos. O último, justamente o que deu o pontapé para o jejum em questão.
beque no gol Após derrotar o Vitória em um inusitado duelo ao meio-dia, assim ajeitado por conta da Copa do Mundo nos Estados Unidos, no dia 26 de junho de 94, o Bahia repetiu o placar de 2 a 0 em 24 de julho, na Fonte Nova, diante de 21.590 pagantes.
Entre os dois encontros, em meio ao desvio de foco para o torneio internacional, Paulo Maracajá deixou a presidência tricolor e tomou posse no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
Árbitro da Fifa ligado à Federação do Rio de Janeiro, o experiente Cláudio Cerdeira registrou na súmula o gol contra do volante Dourado, aos 25 da etapa inicial, e o do então meio-campista Uéslei, nos acréscimos do jogo. A falta na entrada da área foi tão bem batida que João Marcelo nada pôde fazer.
Sim, o zagueirão campeão nacional anos antes pelo Esquadraõ estava de luvas, tentando defender a meta do Leão, para tapar o buraco deixado pela expulsão do goleiro Borges.
Enquanto o Bahia do técnico Joel Santana teve Jean, Odemilson, Adivaldo, Missinho e Serginho; Israel, Souza, Uéslei e Paulo Emilio; Zé Roberto (Reinaldo) e Marcelo (Nilmar), o Vitória de Sérgio Ramirez formou com Borges, Rodrigo, João Marcelo, China e Júnior; Gil, Gélson, Dourado (Claudinho) e Paulo Isidoro; Ramon e Pichetti (Fabinho).
De lá para cá, para se ter idéia do início da supremacia rubro-negra, foram disputados 82 jogos e só deu tricolor seguidamente nos casos citados acima.
Matéria publicada originalmente, por esse mesmo autor, na edição deste domingo 24/02/2008 do suplemento A Tarde Esporte Clube
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