Essa vai para a gestão da Arena Fonte Nova. Deu na Folha de S.Paulo de ontem:
`O São Paulo precisou reduzir a até R$ 2 o preço de um ingresso para quebrar seu recorde de arrecadação com bilheteria no Brasileiro-2013. Os 55.256 torcedores que pagaram para ver a vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense, domingo, a primeira em 13 rodadas, geraram uma renda de R$ 658.580,00, a maior do clube nesta edição do torneio.
Bastaram dois jogos da promoção que baixou para R$ 10 as arquibancadas e R$ 2 as entradas para sócios-torcedores para provar que, sim, é possível ganhar dinheiro com bilhetes mais baratos.
Os confrontos com Atlético-PR e Fluminense tiveram uma média de público de mais de 40 mil pagantes, quase o quíntuplo dos seis jogos anteriores à liquidação.
O aumento do número de torcedores compensou os preços menores, e a arrecadação saltou de R$ 228 mil para cerca de R$ 463 mil.
A receita média originada pela promoção é maior que a do São Paulo nas oito primeiras partidas em casa no Brasileiro do ano passado, quando o torcedor tinha motivos para ir ao estádio que iam além das entradas populares.
“O mercado brasileiro é muito maluco, não se mede por uma curva de demandas. Faz uma década que aumentamos os preços e vemos o público cair. Por que não tentamos o inverso?“, questiona Fernando Ferreira, economista da Pluri Consultoria.
Segundo ele, cada clube precisa descobrir o preço que lhe dá a proporção mais rentável entre público e renda.
O São Paulo fatura mais cobrando menos porque tinha espaço físico no Morumbi para que o aumento de torcedores pague a perda.
Já o Corinthians não tem mais para onde crescer.
A tendência de alta dos preços e elitização da torcida nos estádios –criticada pela consultoria– pode ser vista em arenas construídas para jogos da Copa de 2014.
O último jogo na Arena Fonte Nova teve renda menor (R$ 315,1 mil) do que a liquidação no Morumbi apesar do ingresso médio a quase R$ 30.
O empate entre Fluminense e Corinthians, no Maracanã, há duas semanas, também. Arrecadou R$ 341 mil.
Sucesso incontestável só no Mané Garrincha, em Brasília, que já importou nove jogos e ostenta receita de mais R$ 2,6 milhões por jogo com ingressos a R$ 70 em média.
“Nosso estádio está totalmente amortizado, não precisamos recuperar o investimento que fizemos nele”, diz o vice de futebol são-paulino, João Paulo de Jesus Lopes.´
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