Ferrenhos rivais em campo, Bahia e Vitória-BA se uniram esta semana para divulgar uma bomba – que estourou, justamente, nas mãos dos torcedores baianos. A galera terá de pagar o mais caro ingresso do País.
Com o “pequeno” aumento de 100%, a arquibancada passou 10 para 20 reais e o futebol do Estado se tornou campeão nacional em preço. Resta a opção do bilhete de meia entrada com a apresentação da carteira de estudante que agora custa R$ 10,00.
Para se ter uma idéia, em São Paulo, no confortável estádio do Morumbi, a arquibancada custa R$ 10 e as entradas populares estão sendo negociadas a R$ 5. As cadeiras cobertas, onde o torcedor está livre de chuva e sol, além das famosas “galinha-pulando” (tipo xixi e lata de cerveja), ficam por R$ 20 – o mesmo valor que os cartolas baianos vão cobrar para não darem o mínimo de conforto ao seu público, que conta apenas com um cimento duro e nem sempre varrido do lixo diário.
Na última quarta-feira, a diretoria do Santos vendeu por R$ 20 a arquibancada para os torcedores que foram à Vila Belmiro. Só que era um jogo decisivo de Libertadores da América, valendo vaga na semifinal da competição sul-americana. Outro nível.
Na primeira partida da final da Copa do Brasil, entre Flamengo e Cruzeiro, este domingo, no Maracanã (outro duelo cheio de atrativos), os preços dos ingressos serão os seguintes: cadeiras especiais: R$ 20, cadeiras comuns: R$ 5, arquibancadas brancas: R$ 15, arquibancadas verdes/amarelas: R$ 10 e gerais: R$ 3.
Em Pernambuco, nosso vizinho, os torcedores de Sport, Náutico e Santa Cruz pagam a mesma coisa para assistirem aos embates de seus clubes na Série B do Brasileiro. Há ainda uma promoção de venda antecipada dos bilhetes, com desconto. A arquibancada sai a R$ 8 e a geral a R$ 4.
Como se vê, nas outras praças esportivas os dirigentes procuram viabilizar a ida do torcedor ao estádio, sem onerar o bolso da galera.
Nas última segunda-feira, a equipe de reportagem do jornal A Tarde foi aos estádios Fonte Nova e Barradão e verificou que os dois clubes têm muito o que fazer para atender às exigências do Estatuto do Torcedor, principalmente o Bahia, que necessita de apoio do poder público.
O repórter que foi ao Barradão descobriu uma série de dificuldades, desde o acesso ao estádio, com problemas de estacionamento e de trânsito. Os banheiros sem papel higiênico e os riscos com alimentação foram outros problemas apontados.
Já o repórter que se dirigiu à Fonte Nova constatou riscos para a segurança em razão da falta de cuidados com a conservação do estádio. Torneira com água foi exceção nos banheiros, entre outros detalhes que fazem de R$ 20 um preço muito elevado em relação aos serviços oferecidos.
A Tarde (Adaptado)
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