O STJD havia prometido punições ao Bahia pela tragédia no estádio da Fonte Nova e, de fato, o Tribunal não poupou o Tricolor baiano pelo desabamento de um degrau da arquibancada do estádio, em um acidente que causou a morte de sete pessoas e deixou mais de 60 feridos. Na noite desta terça-feira, levado a julgamento pelos fatos, o clube acabou punido em R$ 80 mil em multas, além de ser obrigado a jogar sete partidas com portões fechados.
O incidente ocorreu no empate em 0 a 0 entre Bahia e Vila Nova-GO, em 25 de novembro, que acabou selando o retorno do Tricolor à Segunda Divisão nacional. Responsabilizado pela tragédia devido a superlotação do estádio, o clube acabou enquadrado nos artigos 211 (deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com infra-estrutura necessária a assegurar plena garantia e segurança para sua realização) e 213 (deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto).
Pelo 211, o Tribunal acabou incluindo também o artigo 232 (Deixar de cumprir obrigação assumida em qualquer documento referente às atividades desportivas, observada a competência da Justiça Desportiva prevista em lei), determinando uma punição de R$ 10 mil.
Por descumprimento do artigo 213, os auditores da Segunda Comissão Disciplinar aumentaram mais uma multa de R$ 70 mil poderia chegar a R$ 200 mil -, além de tirar o mando tricolor por sete jogos, que serão cumpridos em competições nacionais. Portanto o time deve atuar na Copa do Brasil com portões fechados e a pena pode ser prolongada para a Série B do Brasileiro.
Com o anúncio da demolição da Fonte Nova pelo Governo Baiano, o Bahia deverá mandar seus jogos em Camaçari, cuja capacidade do estádio local é de apenas 10 mil pessoas. O advogado do clube anunciou que vai recorrer da sentença no Pleno do STJD.
Entretanto, o STJD não pegou pesado com a direção da Sudesb (Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia), gestora da Fonte Nova. O presidente da entidade, Nilo dos Santos Júnior, e o ex-diretor do órgão Marcus Benício Foltz Cavalcante foram absolvidos das acusações de esconderem laudos que comprovavam as irregularidades do estádio.
Na esfera da Justiça Comum, a ação movida pela Procuradoria da Bahia contra a Sudesb ainda não foi homologada. Segundo o jornal A Tarde, as testemunhas intimadas a depor faltaram, atrasando e complicando o processo para pagamento de indenização às vítimas do acidente.
Gazeta Esportiva
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