Em proposta enviada ao e-mail criado pelo ecbahia.com.br para levar as sugestões dos internautas para a comissão de reforma do Estatuto tricolor, a Associação Bahia Livre solicita a antecipação das tão aguardadas eleições diretas no clube: “Entendemos que o tempo para realizá-las para o próximo pleito é muito curto, porém adiar somente para 2008 é um tempo muito longo e, devido a situação pré-falimentar em que se encontra o Esquadrão, poderá ser muito tarde para se tomar as devidas providências”.
Segundo a entidade, o ideal seria a efetivação de um mandato provisório de um ano, com início imediato, convocando eleições diretas para o final de 2006. “Isso não seria simplesmente um processo de democratização, mas uma grande possibilidade de integração dos torcedores à vida do Bahia. É imperativo, neste momento difícil no clube, a união de todas as forças, assim como o incremento de receita com a venda de títulos e arrecadação das mensalidades dos sócios”, acrescenta o presidente da ABL, Ivan Carvalho.
E os fatos lhe dão razão. Sem dinheiro na Terceirona, naufragado em dívidas que ultrapassam a casa dos 20 milhões e devendo nada menos que quatro meses de salários a grande parte de seus funcionários, o Tricolor parece ter apenas duas saídas: ou arranjar um excêntrico empresário como o iraniano Kia Joorabchian no Corinthians (quiçá do naipe do magnata russo Roman Abramovich, dono do inglês Chelsea) ou correr atrás da ajuda do torcedor.
Como a segunda opção é a única viável, resta apostar em seu fanático e maior patrimônio, responsável pelas maiores presenças de público no país, e se abrir definitivamente às arquibancadas. De acordo com declaração recente do superintendente Ruy Accioly, há no máximo mil sócios em dia no Bahia, incluindo os 300 conselheiros, que pagam R$ 15 por mês. “Nosso melhor momento foi após o título nacional de 1988, quando tivemos 9 mil”, declarou. Por que será?
COLORADO
Enquanto isso, em equipes a exemplo de Grêmio, Fluminense e Internacional (“coincidentemente” vivendo ótima fase dentro de campo…) o quadro de associados cresce vertiginosamente a cada dia. Nos três existe o direito de voto para presidente. Aliás, nesta quarta-feira o advogado gaúcho Angelo Bonzanini Bossle recebeu no gramado do Beira-Rio, momentos antes da partida contra o Boca Juniors, pela Copa Sul-Americana, uma camiseta do time do coração com os dizeres “Sócio Colorado 20.000”. Isso mesmo.
O vice-presidente de administração do clube, Giovani Luigi, confirma que já são 20 mil sócios em dia, o que representa a entrada de R$ 600 mil por mês. “Quando alcançarmos 32 mil, o Inter será auto-sustentável”, garantiu o dirigente. Quem faz parte da Alma Colorada, além de obter benefícios em centenas de estabelecimentos conveniados, concorre toda semana a inúmeras vantagens como ganhar o uniforme do melhor do elenco na rodada, a bola do jogo, assistir à coletiva de imprensa ao final das partidas e viajar com a delegação (veja a relação completa). A campanha ainda permite ao associado que a cada cinco mensalidades debitadas diretamente em sua conta, o sexto mês ficará quitado. Entre as modalidades de associação, quanto mais longe for a residência do sócio, menos ele pagará (confira elas aqui).
Contudo, eis certamente o privilégio preponderante na escolha do torcedor, conforme explicação do site oficial colorado: “O Sport Club Internacional elege seu presidente a cada dois anos. Nas eleições, em um primeiro turno, são os conselheiros que escolhem os dois candidatos mais votados. Depois é a própria torcida, representada pelos sócios em dia e aptos para votar, que decidem quem irá comandar o clube por mais um biênio”.
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