De Eduardo Rocha, no Correio da Bahia desta sexta-feira:
“O advogado Ademir Ismerim foi vice-presidente jurídico na gestão Petrônio Barradas, mas optou por se desligar do grupo de situação para fazer oposição ao modelo atual. Em entrevista ontem, ele falou entre outras coisas , sobre captação de recursos e um modelo de transição até um novo pleito em 2007.
Saída do clube: Ademir Ismerim foi convidado pelo então presidente eleito Petrônio Barradas para o cargo de vice-presidente jurídico. Desempenhou a função até meados deste ano, quando decidiu deixar o clube. Em sua opinião, o atual modelo de gestão do Bahia é excludente, com decisões tomadas por uma cúpula que apenas comunica as resoluções.
Modelo de transição: A idéia foi apresentada pelo Movimento Unidade Tricolor na corrida presidencial que elegeu Petrônio Barradas, em novembro de 2005. Uma junta formada por cinco pessoas, tanto de situação quanto de oposição, comandaria o clube para sanar suas dívidas. Ao final de 2007, seriam realizadas eleições diretas para presidente, com voto aberto aos associados.
Captação de recursos: É pública e notória a atual situação financeira do Bahia. As dívidas beiram os R$60 milhões e, sem dinheiro, funcionários e jogadores têm passado por dificuldades. Ismerim disse que o grupo de oposição tem condições de angariar recursos e as conversas nesse sentido já estão em andamento. O advogado lembrou que é necessária credibilidade para conseguir dinheiro, coisa que atual diretoria não tem.
Diálogo com a diretoria: O grupo de oposição não se recusa a conversar com a atual diretoria. Segundo Ademir Ismerim, o objetivo maior é tirar o Bahia da situação em que se encontra. Mas ficou o alerta: Nós não vamos colocar dinheiro no clube com essa situação.
Intervenção judicial: O processo movido pelo microempresário Edmilson Gouveia no Ministério Público pode ser a base para uma intervenção judicial. Confirmadas as irregularidades acusadas no processo, o poder judiciário poderia sobrepor o estatuto do clube e atuar dentro do que manda a Lei.
Espetáculo: Ademir Ismerim disse que a sede de praia passou de deficitária a rentável após a parceria que culminou com o lançamento da casa de shows Espetáculo. Segundo o advogado, desde setembro de 2004, quando o empreendimento foi aberto, o Bahia recebeu R$ 228 mil. Antes, o clube sofria para administrar um elefante branco que só causava despesas. Ismerim lembrou que a dívida do IPTU da sede e do Fazendão de R$1,4 milhão foi renegociada com a prefeitura.
Manifestação de hoje: Funcionaria como um primeiro passo, uma iniciativa. Ademir Ismerim lembra que o grupo de tricolores que formou começou com apenas oito pessoas e atualmente é imenso. Representantes das organizadas Bamor e Povão, o Movimento Unidade Tricolor, artistas, músicos e simples torcedores firmaram aliança para derrubar o atual modelo administrativo. O grande objetivo da manifestação é exigir a renúncia do presidente Petrônio Barradas e marcar eleições diretas imediatamente”.
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